sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O DOM DE PROFECIA NO SANTUÁRIO TERRESTRE

INTRODUÇÃO:
1. O Dom de Profecia é uma doutrina fundamental da igreja Adventista do Sétimo Dia e constitui uma de suas doutrinas distintivas.

I. O DOM DE PROFECIA:
1.O que é o Dom de Profecia e quais são os seus propósitos? O Dom de Profecia é a revelação de Deus e do Seu plano de restauração, proteção e salvação ao Seu povo, ao longo de sua história terrestre, através dos Seus profetas. Tal revelação se dá mediante sonhos e visões vindos da parte do próprio Deus. Mas como diz o livro de Hebreus 1:1-2, pode ocorrer “de muitas maneiras” (Nisto Cremos 290-307).

2.Os seus propósitos, de acordo com o livro Nisto Cremos 293-294, comentando a função do Dom de Profecia no Novo Testamento são: (1) Prestar assistência na fundação da Igreja (cristã), (2) Expandir missionariamente a igreja, (3) Edificar a igreja, (4) Unir e proteger a igreja, (5) Advertir quanto a dificuldades futuras e (6) Confirmar a fé em tempos de controvérsia.

3.Como Igreja Adventista do Sétimo Dia, não acreditamos que esse Dom cessou no encerramento da era apostólica, mas que foi manifestado na vida e obra de Ellen G. White por um período de 70 anos. Nesse período ela teve mais de duas mil visões. Um texto bíblico de apoio para a manifestação do Dom profético nos últimos dias é o de Joel 2:28-32.

4.Em 1851, Tiago White escreveu que o objetivo da manifestação moderna do Dom de Profecia era trazer o povo de volta ao verdadeiro ensinamento da Bíblia. Uma vez que a responsabilidade de cada cristão é “acatar a Bíblia como a perfeita regra de fé e dever...” (O Santuário e as Três Mensagens Angélicas, Alberto R. Timm, 234-235).

II. O SANTUÁRIO:
1. O Santuário é o grande centro onde abriga microcosmicamente as verdades da fé Cristã proporcionando uma visão panorâmica do plano da salvação de Deus à humanidade perdida. Em 1884, Ellen G. White explicou que “o assunto do santuário revelou um sistema completo de verdades, conectadas e harmoniosas.” E em 1886, ela acrescentou que “em volta do santuário e seus serviços reuniam-se misticamente as grandes verdades que se deviam desenvolver através de sucessivas gerações.” (História do Desenvolvimento das Doutrinas Adventistas, Alberto R. Timm. Apostila para classe de mestrado, p. 131. 2007).

III. O DOM DE PROFECIA VISTO NO SANTUÁRIO:

Este estudo apresentará o Dom de Profecia, na vida de Moisés e Arão que foram os pioneiros mais destacados dessa importante obra e no Santuário.
1. O Dom de Profecia pode ser visto em Moisés que era considerado um profeta (Dt 18:15, 18//At 3:22; 7:37; Os 12:13).

2. No relacionamento entre Deus e Moisés. Deus Se revela a Moisés e fala a ele e Moisés responde à Deus. (Êx 3-4; 19; 24; 33:12-23; etc).

3. Pode ser visto também em Arão que era considerado profeta. (Êx 4:15-16,30; 7:1-2).

4. No relacionamento entre Deus e Arão. Deus Se revela a Arão e fala a ele. (Êx 4:27; Lv 11:1 Nm 2:1; etc.).

5. No trabalho da dupla Moisés e Arão sempre no contexto do santuário. (Ex 24:1-14; 28; Lv 8-17; etc. O Pentateuco apresenta os dois sempre juntos nos mais variados ofícios).

6. Na própria instituição e construção do santuário que foi fruto do Dom de Profecia. (Êx 25:8, 9, 40; At 7:44; Hb 8:5; Êx 31:1-11).

7. Através do Urim e Tumim Deus revelava a Sua aceitação ou reprovação nas causas israelitas. (Êx. 28; DTN 350-351).

8. Através da manifestação da Glória de Deus na inauguração do santuário, dioturnamente e no dia da expiação. (Êx 40:34-38//Nm 9:15-23; Lv 16).

9. O santuário funcionava como uma mensagem de natureza profética visível revelando o invisível.

10. O Dom de Profecia pode ser visto na proposta missiológica do santuário de apresentar ao mundo o plano da salvação através do sistema sacrifical.

IV. O RELACIONAMENTO ENTRE O TABERNÁCULO/SANTUÁRIO E O DOM DE PROFECIA MANIFESTADO NO MINISTÉRIO DE ELLEN G. WHITE
1. O Tabernáculo era o depositário do Decálogo (Ex 25:16; 31:18). Ellen White diz que “desde o princípio a grande controvérsia fora a respeito da lei de Deus” (PP 69). Esse conflito ocorreu no céu (Ap 12: 7-9), no Éden (Gn 3:1-7) e na história cristã (Ap 12:17). Ela recebeu inspiração de Deus para restaurar a verdadeira compreensão da lei divina. O livro O Grande Conflito dedica um capítulo inteiro mostrando a imutabilidade e a perpetuidade da lei de Deus. (GC 433-450).

2. O Tabernáculo através da sua dimensão tipológico-redentiva apresentava o único meio de salvação: A graciosa provisão divina de um substituto para morrer pelo pecador. Ellen White escreveu na série Conflito dos Séculos, todo o projeto da salvação centrado em Jesus: Sua encarnação, Sua vida, Seu sacrifício e morte, Sua ressurreição, Sua ascensão, Seu ministério no santuário celestial, Sua volta gloriosa, o juízo final e a restauração de todas as coisas. No livro Patriarcas e Profetas ela dedica um capítulo inteiro apresentando essa dimensão salvífica do ritual do santuário (PP 343-358).

3. O Santuário era purificado anualmente através do ritual da expiação que pode ser entendido como o dia do juízo. (Lv 16). Ellen White explicou bem esse assunto com uma dimensão maior no livro O Grande Conflito. (GC 409-432, 479-491).
RESUMO: Em 1858, R. F. Cotrel sugeriu que se “uma obra especial do Espírito foi necessária para preparar um povo para o primeiro advento de Cristo”, muito mais necessária em relação ao Segundo Advento, porque “os últimos dias serão perigosos como nunca dantes” e surgirão muitos falsos profetas tentando enganar os próprios eleitos” (O Santuário e as Três Mensagens Angélicas, Alberto R. Timm, 234).

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ENSINANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS

EXTRAÍDO DO LIVRO: "ENSINANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS”Do escritor Howard Hendricks

BREVE RESUMO DO LIVRO
A. A lei do Professor. “O professor deve conhecer muito bem o assunto que está ensinando. Um fraco domínio do conteúdo resulta num ensino deficiente”. John Milton Gregory. (1822-1884)

1.Resumindo a lei: Quem pára de “crescer” hoje, pára de ensinar amanhã.

2.Não podemos passar a outros aquilo que não possuímos. Se não conhecemos determinado conteúdo, isto é, se não o dominamos de fato, não podemos transmiti-lo a ninguém.

3.Antes de ser professor, sou um aprendiz, um “estudante” ensinando estudantes.


B. A lei do Ensino. “A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho. Ensinar de fato não é passar conhecimento, mas estimular o aluno a buscá-lo. Poderíamos até dizer que ensina melhor quem menos ensina”. John Milton Gregory.

1. Resumindo a lei: Para ser um professor eficiente, não basta dominar o conteúdo a ser ministrado; precisamos conhecer também aqueles a quem ensinamos. Nosso interesse principal não deve ser só passar-lhes princípios; mas influenciá-los. A maneira como os alunos aprendem deve determinar a forma como ensinamos.

2. O professor deve estimular e dirigir os atos de aprendizagem, e, de modo geral, não deve dizer nem fazer para o aluno nada que ele possa fazer por si mesmo.

3. O importante não é o que o que nós professores, fazemos, mas o que o aluno faz depois de receber nosso ensino.


C. A Lei da Atividade. “Não podemos transferir conhecimentos de nossa mente para a de outrem como se eles fossem constituídos de matéria sólida, pois os pensamentos não são objetos que podem ser tocados, manuseados. As ideias têm que ser pensadas na outra mente; as experiências, revividas pela outra pessoa” .John Milton Gregory.

1. Resumindo a lei: Nossa tarefa como comunicadores não é tentar deixar os outros deslumbrados conosco, mas causar um impacto. Também não é apenas convencê-los, é transformá-los.

2. Quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume do conteúdo aprendido.

3. Dizem os psicólogos: Retemos 10% do que ouvimos, 50% do ouvimos e vemos e 90% do que ouvimos, vemos e fazemos.


D. A Lei da comunicação. “A tarefa do professor é despertar a mente do aluno, é estimular idéias, através do exemplo, da simpatia pessoal, e de todos os meios que puder utilizar para isso, isto é, fornecendo-lhes lições objetivas para os sentidos e fatos para a inteligência”. John Milton Gregory.

1. O termo comunicação vem do latim communis, que significa “comum”. Para comunicar algo a alguém precisamos antes estabelecer pontos em comum com ele. E quanto maior for o número de pontos comuns, maior também será a probabilidade de uma boa comunicação.

2. Exemplo: João 4:7 “...dá-me de beber.” O ponto que ambos possuem em comum é: Estão com sede.

3. Toda comunicação possui três componentes básicos: intelecto, emoção e vontade; em outras palavras, pensamento, sentimento e ação. Então tudo que quisermos comunicar ao outro gira em torno de: * Algo que conheço. Algo que sinto e Algo que pratico.* Se conheço muito bem determinada coisa, se a sinto profundamente e ajo em consonância com ela, tenho grandes possibilidades de ser um excelente comunicador dela. Aliás, quanto melhor eu a conhecer, quanto mais intensamente a sentir e a praticar, maior será minha probabilidade de comunicá-la bem.


E. A Lei do Coração. “Como um professor pode deixar de manifestar uma atitude ardorosa e inspirativa se o assunto de que trata é tão impregnado de realidade”? John Milton Gregory.

1. O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.

2. Coração: Para os hebreus, essa palavra englobava a totalidade do ser: intelecto, emoção e vontade. Deuteronômio 6:4-6 diz: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração”.

3. O processo de ensinar nada mais é que a transformação total de uma personalidade, operada pela graça de Deus, e que depois, pela mesma graça, alcança outros para transformá-los também.

4. Sócrates resume a essência da comunicação em 03 conceitos fascinantes: Ethos, Pathos e Logos.
1. Ethos. Credibilidade do professor, sua credencial. O nosso jeito de ser é mais importante do que o que dizemos ou fazemos. Aquilo que somos como pessoa é o fator que mais pesa em nossa atuação como orador, comunicador e conselheiro. É preciso que confiem em nós, e quanto mais confiarem, melhor conseguiremos comunicar-lhes o que desejamos dize-lhes.
2. Pathos. Diz respeito ao modo como o professor desperta as emoções e sentimentos de seus alunos. Sócrates sabia que são as emoções que afinal determinam o rumo de nossos atos. E isso é a chave para a motivação, já que Deus nos criou com emoções, sentimentos. Quando o aluno sente que o professor o ama, dispõe-se a fazer tudo que ele quiser que faça.
3. Logos. Tem a ver com o conteúdo programático. Tem a ver com a argumentação. Ele envolve a mente no processo e assim opera a compreensão do fato. Constitui a base lógica das ações que desejamos ver os alunos praticarem, para que descubram por si que essas ações são corretas e sensatas.


F. A Lei da Motivação. “A mente humana, até onde a conhecemos, é uma força que funciona ativa por motivações. Um relógio pode bater as horas junto a um ouvido; um objeto pode lançar sua imagem dentro de um campo visual. Mas a mente desatenta não ouvirá nem verá nada”. John Milton Gregory.
1. O maior problema que ocorre hoje em educação é falta de motivação para os alunos, de algo que os desperte e os estimule à ação.
2. O QM é mais importante do que o QI.
3. A Lei da motivação é a seguinte: O ensino será mais eficiente quando o aluno se encontrar adequadamente motivado.
4. A motivação se dá em 02 níveis: Extrínseca e intrínseca. A motivação extrínseca ativa a intrínseca. Não sabemos quais as reais necessidades do aluno, os seus interesses. Então temos que atuar exteriormente objetivando atingir seu interior. “Rogo- vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que o vosso culto racional.” (Rom. 12:1)
5. Para motivar o aluno, um dos melhores métodos é torná-lo ciente de suas dificuldades e lacunas. (suponhamos que eu me ofereça para dar aulas sobre falar em público para alguém, e ele responda: acho que não preciso. É que não tenho muita dificuldade nessa questão. – Ótimo, replico. Então eu gostaria que você desse um testemunho em nossa reunião de oração para executivos na quinta-feira. Vão estar presentes uns trezentos ou quatrocentos homens, a maioria deles não é crente, e eu queria que você desse seu testemunho, que falasse uns três minutos).
6. Para motivar é necessário viver uma vida exemplar e ser criativo. (ler livros sobre criatividade).


G. A Lei da Preparação Prévia. “Há muitos professores que vão para a sala de aula totalmente despreparados ou preparados apenas em parte. São como mensageiros sem mensagem. Falta-lhes a energia e o entusiasmo necessários para produzirem os resultados que, centralizado por direito, devemos esperar de seu trabalho”.
1. Os corredores sempre fazem exercícios de alongamento antes de uma corrida. Os componentes de uma orquestra sempre afinam seus instrumentos antes de um concerto. E aluno e professor também precisam de uma preparação prévia.
2. Esta lei diz que o processo ensino-aprendizagem é mais eficiente se tanto professor como aluno estão previamente bem preparados. Um dos maiores problemas que os professores enfrentam é que os alunos chegam à classe frios.
3. Dar tarefas é um bom método para preparar o aluno.
4. Organizar o tempo para estudar e preparar a aula.



Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista

domingo, 20 de fevereiro de 2011

AMIZADE

A matéria da SUPER do mês de fevereiro (Amizade: por que é Impossível ser feliz sozinho), traz conceitos importantes que servem de apoio para a nossa filosofia de trabalho na UCOB. Ela dedica 12 páginas sobre o assunto.

VEJA POR EXEMPLO ESSES TEXTOS:

1.“Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais melhor. Mas há um limite. Um estudo feito na Universidade de Oxford comparou o tamanho do cérebro humano, mais precisamente do neocórtex (área responsável pelo pensamento consciente), com o de outros primatas. Ele cruzou essas informações com dados sobre a organização social de cada uma das espécies ao longo do tempo. E chegou a conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo”. (p 48).

2.“Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até detalhes da personalidade dela), que serão acionadas quando vocês interagirem. Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não é amizade”. (p 48).

3.“Outros pesquisadores foram além e constataram que , dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizade: 5, 15, e 150 pessoas, cada um com características diferentes”. (p 49)

4.No infográfico com o titulo: “CÍRCULO FINITO: O cérebro comporta no máximo 150 amigos, divididos em grupos”. São eles:

“DO PEITO – 5 AMIGOS. São os íntimos com quem você mais fala e não hesitaria em ligar de madrugada ou pedir dinheiro emprestado. Para Aristóteles, 5 era o número de amigos verdadeiros”

“GRUPO DE EMPATIA – 15 AMIGOS. São pessoas bastante importantes para você, se alguma delas morresse amanhã, você ficaria muito triste. Este grupo pode incluir gente do trabalho ou amigos de amigos”.

“NÚMERO TÍPICO – 50 AMIGOS. É o número de amizades mantidas pela maioria das pessoas, e também o tamanho médio dos agrupamentos humanos primitivos (como bandos de caça)”.

“LIMITE – 150 AMIGOS. Máximo que o cérebro consegue administrar ao mesmo tempo. São pessoas cujos nomes, rostos e características você consegue memorizar e acionar caso seja necessário”. Continua a revista dizendo que “o curioso é que esses círculos já haviam sido mencionados por filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles e também estão presentes em várias formas de organização humana”. (todos estes tópicos estão registrados na página 49)

UMA CURIOSIDADE:

Confúcio - Filósofo chinês que viveu de 551 a 479 a.C.
Platão - Filósofo e Matemático grego que viveu de 428 a 348 a.C em Atenas.
Aristóteles – Filósofo e Professor grego que viveu de 384 a 322 a.C.

Esses viveram antes de Cristo e já tinha tal compreensão numérica e conceito de amizade.

VEJA O QUE CRISTO FEZ, EM SUA SABEDORIA SUPREMA:

1.Escolheu 12 Discípulos ( a revista fala de 15)
2.Escolheu 03 mais íntimos ( a revista fala de 5)
3.Escolheu 70 para enviá-los ( a revista fala de 50)
4.A Assembleia inicial era composta de umas 120 pessoas ( a revista fala de 150)

A Revista traz outras pesquisas e conceitos importantes sobre a amizade e suas implicações, como Internet e Saúde. VALE A PENA DAR UMA OLHADA!

SOBRE A SAÚDE: (páginas 51 a 53)

Em 1937, na Universidade Harvard, começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. O projeto que continua até hoje, acompanha milhares de pessoas. Voluntários de todas as idades e perfis, que tem sua vida analisada e passam por entrevistas e exames periódicos que tentam responder à pergunta ‘o que faz uma pessoa ser saudável?. A conclusão é surpreendente. O fator que mais influi no nível de saúde das pessoas não é a riqueza, a genética, a rotina nem a alimentação. São os amigos.

A única coisa que realmente importa é a sua aptidão social, as suas relações com outras pessoas’, diz o psiquiatra George Valliant, coordenador do estudo há 30 anos. Os amigos são o principal indicador de bem-estar na vida de alguém. Ter laços forte de amizade aumenta nossa vida em até 10 anos e previne uma série de doenças.

Pessoas com mais de 70 anos tem 22% mais chance de chegar aos 80 se mantiverem relações de amizade fortes e ativas – e ter amigos ajuda mais nisso do que ter contato com familiares. Existe até uma quantidade mínima de amigos para que você fique menos vulnerável a doenças, segundo pesquisadores da Universidade Duke.
Quatro. Gente com menos de 4 amigos tem risco dobrado de doenças cardíacas. Isso acontece porque a ocitocina, aquele hormônio que estimula as interações entre as pessoas, age no corpo como um oposto da adrenalina. Enquanto a adrenalina aumenta o nível de estresse, a ocitocina reduz os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, o que diminui a probabilidade de ataques cardíacos e derrames. E pesquisas feitas nos EUA constataram que a ocitocina também aumenta os níveis no sangue de interleucina, componente do sistema imunológico que combate as infecções.

Além de ser fundamental para o bem-estar mental, ter amigos também faz bem ao coração e ao corpo. Mas se as amizades forem novas, é ainda melhor. A ocitocina dá o impulso inicial às relações e, depois de algum tempo, cede o lugar para o sistema da memória, que age mais rápido. Há estudos comprovando que amigos antigos não estimulam a liberação de ocitocina (a não ser quando você os reencontra depois de muito tempo longe). Por isso, tão importante quanto ter amigos do peito é fazer novas amizades durante toda a vida. Mas você já reparou que, conforme vai envelhecendo, fica mais difícil fazer novos amigos – e as amizades antigas parecem muito mais fortes? Existe uma possível explicação para isso. Há mais ocitocina no organismo durante a juventude, o que facilita a criação de relações mais profundas.

Uma pesquisa da Universidade de Princeton revelou que as pessoas consideram seu tempo com amigos mais agradável e importante do que o tempo gasto com sua família. Nós trocamos os amigos pelo trabalho, para ganhar mais dinheiro. Mas não deveríamos fazer isso. Não vale a pena.

Quem tem um amigo no trabalho no trabalho se sente 7 vezes mais envolvido com o que faz, 50% mais satisfeito e até duas vezes mais contente com o pagamento que recebe. Pessoas que possuem 3 ou mais amigos no trabalho tem 96% mais chance de estar satisfeitas com a vida.

Ter um amigo contente aumenta a sua chance de ficar feliz em 15,3% e, a partir dele cada pessoa alegre contribui com mais 9,8%.

Ter uma rede social extensa, mesmo que nem todas as relações sejam profundas, provavelmente fará você mais feliz do que ter um grupo pequeno de amigos do peito.

REDE DE INFLUÊNCIA: COMO AS CARACTERÍSTICAS E ATITUDES DOS SEUS AMIGOS MEXEM COM VOCÊ. (Página 52)

OBESIDADE: Um estudo feito na Universidade Harvard prova que não basta vigiar a balança –

fique de olho também nos seus amigos. Eles têm uma influência enorme sobre o seu peso.
1.Se o seu amigo é obeso: mais 45% riscos para você ser
2.Se o amigo do amigo é, seu risco aumenta em 20%.
3.Se o obeso é o amigo do amigo do amigo, o risco aumenta 10%. Se for o esposo (a) vai a 37%.

TABAGISMO: Os pesquisadores também estudaram a maneira como o hábito de fumar se espalhava por um grupo de pessoas conectadas através do tempo, e descobriram que:

1.Se um amigo seu começa a fumar, o seu risco de se tornar fumante aumenta 61%.
2.Se o amigo de um amigo vira fumante, o risco aumenta 29%.
3.Se o amigo do amigo de um amigo fuma, o risco cresce 10%.

FELICIDADE: Ela também se espalha pelas redes de amigos. Mas infelizmente, com menos intensidade.

1.Se um amigo está feliz, a sua felicidade aumenta em 15,3%.
2.Se o amigo de um amigo está feliz, a sua felicidade cresce 9,8%.
3.Se o amigo do amigo do amigo está feliz, seu bem-estar aumenta 5,6%. Se for o esposo (a) vai a 8%.

Do amigo,
Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo
Site: www.ucob.org.br/evangelismo

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

24 VERDADES EVANGELISTICAS VISTAS POR SÃO PAULO AOS MINISTROS DE DEUS ICORINTIOS 9

CONSELHO DE PAULO AOS PREGADORES DO VERDADEIRO EVANGELHO - I CORINTIOS 9

1.Tem que ter visto o Senhor (v. 1)

2.Tem que ser apóstolo do Senhor (v. 1)

3.Tem que ser livre (v. 1)

4.Tem que dar frutos (v.1)

5.Vive do evangelho (vv. 4, 7, 10, 11, 13,14)

6.Não cria obstáculo, qualquer, ao evangelho (v. 12)

7.Não se gloria no anúncio do evangelho (v. 16)

8.Tem a obrigação de pregar o evangelho, sem se gloriar (v. 16)

9.“Ai” se não pregar o evangelho (v. 16)

10.Tem a recompensa, se fazer de livre vontade (v. 17)

11.Propõe o evangelho de graça. Pois se prega de livre vontade (v. 18)

12.É um pregador, escravo e servo de todos (v. 19)

13.É um pregador que se preocupa em ganhar o maior número possível (v. 19)

14.Faz-se de judeu para ganhar os judeus (v. 20)

15.Vive como se estivesse sob o regime da Lei para ganhar os que vivem debaixo da Lei (v. 20)

16.Vive como estando sem lei para ganhar os que vivem fora do regime da lei (v. 21)

17.Faz-se de fraco para ganhar os fracos (v. 22)

18.Faz tudo, usa todos os modos para salvar alguns (v. 22)

19.Tem o evangelho como glorioso, sublime, perfeito, salvador. Faz tudo por sua causa (v. 23)

20.É um cooperador com o evangelho (v. 23)

21.Tem domínio de si, equilíbrio, preparo. Isso dá direito a coroa eterna (v. 25)

22.Trabalha com metas. Alvos (v. 26)

23.Esmurra o corpo. Abnegação total (v. 27)

24.Preocupa-se em salvar os outros e a si mesmo (v. 27)


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo
Site: www.ucob.org.br/evangelismo

A VIDA DE JOSÉ - SERMÃO

INTRODUÇÃO:

Nesse sermão, extrairemos lições importantes para a nossa vida e família. Estudaremos brevemente, mas com certa profundidade, a vida de José. Começando com os seus Pais:

1.Jacó e Raquel.
2.Os irmãos de José.
3.A vida de José.
4.José como um tipo de Cristo

I.OS PAIS DE JOSÉ – RAQUEL E JACÓ

1.Os pais de José chamavam-se Raquel e Jacó. Raquel é filha de Labão, sobrinha de Rebeca, irmã mais nova de Lia, esposa favorita de Jacó e mãe de José e Benjamim. O seu nome tem origem hebráica cujo significado é ROSA AMOROSA.

2.RAQUEL pertencia a uma família rica, de pastores e lavradores, homens e mulheres totalmente dedicados ao trabalho. Raquel também herdou a beleza da linhagem de Sara e Rebeca sua tia. Alguns estudiosos do Antigo Testamento descreveram Raquel como "linda", sinônimo de máxima beleza já vista. No texto original hebraico ela é descrita amorosamente como "bonita de aparência". Nos dias de hoje, Raquel quer dizer "Rosa Amorosa".

3.Como era costume de seu povo, Raquel trabalhava na função de pastora de ovelhas (Gênesis 29.9), que não era um serviço tão leve assim, além de dividir a tarefa doméstica com sua irmã, Lia.

4.Enquanto Lia deu à luz quatro filhos em sucessão rápida, Raquel era estéril e não pôde conceber por muitos anos. Raquel então ofereceu sua criada (Bila) para o marido dela em matrimônio, como era o costume. Bila então deu à luz dois filhos. Lia que também desejou mais crianças ofereceu a criada dela (Zilpa) para Jacó, a qual deu à luz mais dois filhos. Finalmente, depois que Lia deu à luz outros dois filhos e uma filha, a própria Raquel gerou dois filhos. (Lembrando que essa Poligamia nunca foi o plano de Deus – tolerou-a em sofrimento e tristeza – para preservar o pacto feito a Adão, Noé e Abraão. Essa é outra história).

5.Raquel sempre foi a esposa preferida de Jacó, e ele a amava muito e lhe dedicava a maior parte de seu tempo livre, dividindo seu leito com ela. Raramente Jacó visitava a tenda de Lia, que negociou com Raquel para que deixasse Jacó passar somente uma noite em sua companhia. (Gen. 30,14-16).

6.Raquel morreu na hora do parto, no caminho da casa de Jacó. A parteira lhe falou, no meio do nascimento, que a criança era um menino. Raquel olhou e o chamou de Benoni (filho de minha dor), mas seu pai chamou-lhe de Benjamin. Raquel foi enterrada por Jacó na estrada para Efrat, próxima a Belém. Hoje a Tumba de Raquel, situada entre Belém e o bairro de Jerusalém de Gilo, é visitada por milhares de pessoas cada ano. (Gen. 35-20).

7.O nome JACÓ ou Jacob deriva do latim Iacobus, que por sua vez é uma latinização do nome hebreu Ya'akov, que significa literalmente "aquele que segura pelo calcanhar".

8.De fato, sabe-se que Jacó teria nascido segurando o calcanhar de seu irmão gêmeo Esaú. O mesmo termo poderia também ter o sentido de suplantar, em alusão ao prato de lentilhas que toma Jacó em lugar de Esaú, quebrando um direito de primogenitura, pelo qual o prato corresponderia a seu irmão, nascido alguns minutos antes.

9.Em Gênesis 29 conta que Jacó, depois de obter a benção astuciosamente, fugiu de Esaú e foi para Harã, terra da sua mãe. Enquanto viajava, passou uma noite muito especial num lugar que mais tarde veio a ser chamado Betel e que viria a ter um papel muito importante em sua vida. Naquela noite, enquanto dormia, teve um sonho de uma escada que chegava ao céu, com anjos subindo e descendo. Em reação a essa experiência, Jacó fez votos muito importantes (Gênesis 28:18-22). Nem sempre manteve esses votos, mas eles tiveram grandes efeitos sobre ele. Chegando a um poço, conheceu sua prima, Raquel, e a ajudou a dar água ao rebanho, visto que ela era pastora de ovelhas. Mais que depressa, Raquel o levou ao seu pai, Labão, que o recebeu com muita alegria.

10.Um mês depois, Labão disse a Jacó que não era justo que trabalhasse sem receber salário e pediu que dissesse quanto gostaria de receber. Labão tinha duas filhas: Lia a mais velha, e Raquel. Jacó pediu que, como pagamento por sete anos de trabalho, lhe fosse dada Raquel como esposa. Labão concordou e os sete anos se passaram rapidamente aos olhos de Jacó.

11.Chegada à época do casamento fez-se uma grande festa. Ao anoitecer, Labão deu a Jacó como esposa Lia e não Raquel. Contudo, o fez sem que Jacó soubesse. Ela estava, provavelmente, com o rosto velado, como era de costume, e isso aconteceu em meio à escuridão da noite. Ao amanhecer, Jacó percebeu que fora enganado e foi reclamar a Labão, o qual disse simplesmente ser costume daquela terra casar primeiro a filha mais velha. Mesmo que isso fosse verdade, Labão deveria ter avisado seu genro antes. Em vista disso, Labão propôs que, passada uma semana, Jacó recebesse Raquel como esposa em troca de mais sete anos de trabalho. Como Jacó a amava muito, concordou. A verdade é que Jacó foi enganado para que continuasse trabalhando.

12.Depois disso, deixou Padã-arã para retornar a Betel. Agora tinha 11 filhos e muitas propriedades, mas não o que poderia ter se tivesse recebido a benção do jeito de Deus em vez de agarrá-la astuciosamente. Isaque foi um homem rico e Jacó era o principal herdeiro de sua riqueza.

13.Enquanto Jacó chegava mais próxima a sua terra natal, seu coração encheu-se de temor do seu irmão. Enquanto planejava e esquematizava seu retorno, certa noite, um anjo de Deus veio e lutou com Jacó. Em sua teimosia Jacó combatia com força, mas, depois de tanto lutar, o anjo fez com que Jacó ficasse sem ação e dependente. Enquanto Jacó agarrava-o humilde e dependentemente, foi abençoado por Deus e seu nome foi alterado. Andou mancando até a morte, mas agora, dependente, não é mais Jacó o enganador, mas Israel “príncipe de Deus” (Gênesis 32:24-28).

II.OS IRMÃOS DE JOSÉ

1.Em Padã-arã Jacó casou-se com duas esposas, Lia e Raquel. Cada uma dessas esposas possuía servas. A serva, ou empregada, de Lia chamava-se Zilpa e a serva de Raquel, Bila. Ambas servas tornaram-se concubinas de Jacó, o que quer dizer que lhe deram filhos legítimos. Não devemos ver isso como a vontade de Deus, pois, apesar de ser uma pratica da época, Deus nunca pretendeu que os homens tivessem concubinas ou mais de uma esposa (Mateus 19:4-6). Podemos agradecer a Deus por, pelos séculos, usar homens para fazer sua obra apesar da natureza e práticas pecaminosas deles.

2.Jacó teve doze filhos, nascidos na seguinte ordem: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. Esses homens são muito importantes porque são basicamente os pais das doze tribos de Israel.

De sua primeira esposa LIA:

 Rúben (que significa eis um filho)
 Simeão (escuta)
 Levi (apego)
 Judá (louvor)
 Issacar (alugado, ou recompensa)
 Zebulon (habitação)
 Diná (justificada).

De sua serva ZILPA:

 Gade (boa sorte)
 Aser (feliz)

De sua segunda esposa RAQUEL:

 José (Ele tirou, ou possa Ele acrescentar).
 Benjamim (filho da minha mão direita): ela morreu no parto.

De sua serva BILA:

 Dã (justiça)
 Naftali (luta)

3. Os pecados de Jacó influenciaram, para o mal, os seus filhos. Quando seus filhos se tornaram adultos, desenvolveram vários defeitos de caráter. Os resultados da poligamia foram manifestos em sua casa. Este terrível mal tende a secar as próprias fontes do amor, e sua influência enfraquece os laços mais sagrados. O ciúme das várias mães havia amargurado a relação da família; os filhos cresceram contenciosos, e sem a devida sujeição; e a vida do pai obscureceu-se pela ansiedade e dor. (PP 208-209). Os irmãos de José envolveram-se em violência e mortandade (PP 204). Simeão e Levi eram enganadores e violentos (PP 204-206). No acampamento de Jacó havia deuses falsos e a idolatria tinha até certo ponto dominado a sua casa (PP 205).

III. A VIDA DE JOSÉ

1.José convivia nesse ambiente de violência, engano, idolatria e poligamia. Seu pai Jacó contribuiu, também, para criar um ambiente de ciúme, inveja e engano no relacionamento entre José e seus irmãos. Jacó cometeu vários erros em seu relacionamento com José (PP 209 -2010). Vou citar alguns desses erros:

a) Jacó manifestou preferência por José e isso provocou inveja nos demais irmãos.
b) Jacó deu um manto de grande preço a José na presença dos seus irmãos, revelando a sua parcialidade. Vendo a atitude do pai, os irmãos suspeitaram que Jacó preferisse mais a José a eles.
c) Jacó não conhecia os sentimentos dos filhos.
d) Jacó amava mais a José do que a todos os seus filhos (Gn. 37). A despeito de tudo isso, José tinha um caráter diferente dos seus irmãos. Era de uma beleza rara, reflexo de um coração belo. Ele era puro, ativo e alegre, o rapaz dava prova também de ardor e firmeza moral. Escutava as instruções do pai, e gostava de obedecer a Deus.

2.Vendo esse estilo de vida de José, seus irmãos ficaram possuídos de inveja. A ira deles aumentou mais ainda quando José relatou os dois sonhos que tivera.
a) Disse José: “Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho.” Ao ouvirem o sonho perguntaram iradamente e cheios de inveja: “Tu reinarás sobre nós?”.
b) Logo teve outro sonho, de idêntica significação que também relatou a eles: Disse José: “Eis que o Sol, e a Lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”. Ouvindo o sonho, seu pai respondeu: “Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?”. Apesar da severidade dessas palavras, Jacó acreditava que o SENHOR estava revelando o futuro a José.
c) O Espírito Santo estava sobre José. Seu rosto brilhava de tanta inspiração e seus irmãos, mesmo assim, não renunciaram a maldade do coração e o odiaram profundamente. O mesmo espírito de morte que estava em Caim, encheu seus corações.

3.Em função do trabalho coma as ovelhas, eles eram obrigados a permanecer meses fora de casa. Um dia resolveram ir à Siquém, terra que seu pai comprara. Como ficaram meses sem dar noticias, Jacó ficou preocupado temendo pela segurança deles. Haviam anteriormente afrontado os Siquemitas e o mundo antigo era muito violento. Jacó resolveu mandar José a encontrá-los e trazer-lhe notícias.

4.José viajou 75 km até Siquém quando lhe informaram que estavam em Dotam. Perseverantemente viajou mais 22. Só pensava em aliviar a ansiedade do pai e encontrar os irmãos que apesar da maldade deles ainda os amava. Essa foi a última viagem de José. Nunca mais ele voltou. Foi pego por seus irmãos e maltratado. Queriam mata-lo, mas por insistência de Rúben, foi lançado em uma profunda cova para morrer de fome e sede. Assentados, comemoravam a vitória contra aquele que era mais amado pelo pai. Ao longe avistaram uma caravana de viajantes e identificaram-na como sendo de Ismaelitas a caminho do Egito. Rapidamente Judá propôs vender seu irmão a esses mercadores gentios em vez de deixa-lo naquele buraco e morrer. Quando José viu os mercadores, ficou preocupado, porque tornar-se escravo, era uma sorte para se temer mais do que a morte. Seus apelos por liberdade foram insuficientes. Acharam que tinham ido longe de mais para desistirem.

5.Quando os irmãos de José voltaram para casa mostraram a capa manchada de sangue de cabrito a Jacó dizendo que um animal o havia dilacerado. Disseram: “Conhece se esta capa é do teu filho?”. Tinham olhado antecipadamente para esta cena com receio, mas não estavam preparados para a angústia e a dor que foram obrigados a testemunhar. “É a túnica do meu filho”, disse Jacó, “uma besta fera o comeu; certamente foi despedaçado José”. “Rasgou os seus vestidos, e pôs saco sobre seus lombos, e lamentou a seu filho muitos dias”. Os filhos de Jacó ocultaram por muito tempo esse crime no coração.

IV. OS SEGREDOS DO SUCESSO DE JOSÉ NO EGITO.

A.A vida de José mudou dramaticamente. Como da água para o vinho. De um filho paparicado e protegido pelo pai a escravo desprezado e desamparado numa terra estranha. Por algum momento José entregou-se a dor da saudade e a tristeza. Mas na providência de Deus, esta experiência seria uma bênção para ele. Qual foi o segredo do sucesso de José no Egito?

1.Quando criança foi ensinada sobre Deus. Seus pais contaram-lhe a respeito de como as promessas do SENHOR ao seu povo haviam se cumprido.

2.No Egito, José entregou-se completamente ao SENHOR.

3.Decidiu ser fiel a Deus em todas as circunstâncias.

4.Decidiu ser fiel ao seu dever.

5.O SENHOR estava com José.

6.Conquistou a confiança de Potifar.

7.Estando na casa de Potifar, foi fiel a Deus e ao seu senhor não cedendo à tentação de sua mulher.

8.Na prisão, permaneceu firme na fé e foi paciente.

9.Entregava diariamente seu caso na mão de Deus.

10.Na prisão, não alimentava em seu coração a ofensa dos outros, mas procurava aliviar a dor dos outros. Na prisão fazia a obra de Deus.

11.Aprendeu na prisão lições de justiça, simpatia e misericórdia que o prepararam para exercer o poder com sabedoria e compaixão.

12.Na prisão manteve-se integro e simpático por aqueles que estavam em perturbação e angústia. Assim o caminho se abriu para a sua prosperidade e honra futura.

13.Ganhou a confiança do guarda da prisão e tornou-se líder dos presos.

14.Interpretou divinamente os sonhos do padeiro-mor e do copeiro-mor.

15.Quando esteve diante do grande Faraó, não se exaltou por ter o dom da interpretação de sonhos, mas exaltou a Deus, ele disse: “Isto não está em mim. Unicamente Deus pode explicar estes mistérios”.

16.Interpretou corretamente o sonho de Faraó e deu orientações para a prosperidade do Egito.

17.José possuía habilidade administrativa em grau superior e essa habilidade foi construída por sua fidelidade a Deus e aplicação nas coisas do dia a dia.

18.O rei reconheceu claramente, diante dos seus conselheiros, que o Espírito Santo estava com José.

19.A mesma fidelidade que tinha para com Deus quando estava na cela como prisioneiro, manifestou-a quando estava no palácio dos faraós.

20.Confiava constantemente em Deus e desempenhava fielmente os deveres do seu cargo.

21.Pela vida e caráter de José como adorador de Deus, os grandes homens do Egito foram levados ao verdadeiro Deus.

V.JOSÉ É CONSIDERADO UM TIPO DE CRISTO. (Gerard Van Groningen; Revalção Messiânica no Antigo Testamento)

A.O papel tipicamente messiânico de José pode ser visto de quatro perspectivas.

1.José foi considerado o filho primogênito. Era o primogênito de Raquel, recebeu a túnica de primogênito real, a dupla bênção em seus dois filhos (Gn. 48:15-20) e foi proclamado príncipe entre seus irmãos (Gn. 49:26b, NIV). Como primogênito José apontava para Cristo, o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8:29b), sobre toda criação (Cl 1:15) e entre os mortos (Cl. 1:18).

2.José experimentou as profundezas da humilhação e os píncaros da exaltação. Ele foi vendido como escravo por seus irmãos, tentado pela mulher de Potifar, aprisionado, esquecido pelo copeiro-mor, abandonado por todos, tendo sido como que cortado da terra dos viventes (Is. 53:8b). Mas foi trazido perante o trono de Faraó, recebeu o poder desse trono e exerceu domínio sobre o Egito, na época a mais poderosa nação do Oriente Médio. Semelhantemente, Cristo foi humilhado, mas também foi exaltado (Fil. 2:8-9).

3.Em seus atos José prefigurou o ministério de Cristo de diversos modos. Ele interpretou sonhos e, assim, revelou a vontade e plano de Deus, pelo qual ele salvaria o Egito e as diversas nações, especialmente Jacó e sua família. José, em sua qualificação real, governou efetivamente sobre o Egito e livrou Israel da fome, das privações e da morte. Ele guiou Jacó e sua família para um lugar seguro (Gósen) onde, protegidos das tendências sociais, tentações imorais, idolatrias materializantes do Egito, eles poderiam prosperar e tornar-se um povo numeroso e, ainda, exercer uma importante e decisiva influencia no mundo.

4.José foi um verdadeiro tipo do Messias. Ele foi considerado real, recebeu uma posição real e cumpriu uma tarefa real. Como uma pessoa régia, ele livrou, protegeu e enriqueceu a semente de Abraão e Isaque. Ele funcionou, portanto, como um redentor, protetor e provedor físico, social, moral e espiritual. Jacó, seu ancestral e pai, não fez isso. Ele próprio necessitava de alguém para livrá-lo, protege-lo e sustenta-lo. Deus preparou José e por meio dele o Soberano Senhor realizou atos de salvação dentro do contexto da história do mundo. E ao preparar José e realizar atos de salvação por meio dele, o Senhor falou profeticamente enquanto preparava o cenário para a salvação mais ampla e mais completa que Jesus traria. Essa salvação trazida pelo Cristo real foi também o que em última instância validou a obra redentiva de José, cumprida por uma pessoa real, tomada da semente para agir em favor da semente.

CONCLUSÃO

A.Como formar um homem de caráter e sabedoria nos dias atuais?

1.Na infância, os pais devem ajudar a criança em seus deveres infantis.

2.Não estimular na criança as paixões carnais negativas.

3.Ajudar a criança a ser justa, simples e a confiar em Deus em cada momento da vida.

4.Ajudar a criança a ter comunhão com Deus através do Estudo da Bíblia, oração e boas obras.

5.Quando jovem será fiel ao dever em todos os postos de trabalho. Desde o mais humilde ao mais elevado.

6.Em algum momento o jovem será levado a optar entre o bem e o mal. Optando pelo bem e mantendo-se fiel a Deus e ao serviço, fortalecerá o seu caráter.

7.O caráter e sabedoria de um homem se formam durante a vida. Os pais devem prestar atenção à maneira como está educando seu filho. Isso vai determinar o seu futuro.

B.Aos queridos pais:

1.Não promova qualquer tipo de violência em sua casa, seja física, verbal ou psicológica.

2.Não promova a idolatria no coração dos seus filhos. Eles precisam adorar unicamente a Deus.

3.Querido pai, você deve ser esposo de uma só mulher.

4.Querida mulher, você deve ser esposa de um só homem.

5.Querido filho, respeite os seus pais e obedeça as instruções de Deus. Ame-O de todo o seu coração

6.Pais preparem seus filhos para ser uma benção a esse mundo que tanto necessita

7.Pais preparem seus filhos para ser uma benção no preparo das ovelhas de Deus nesse caminho em direção ao céu.

8.Pais promovam um ambiente saudável, de paz, amor, união e fé aos seus filhos. Assim estarão protegidos e fortalecidos diante dos grandes embates da vida.


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista