quarta-feira, 30 de novembro de 2011

TEOLOGIA DE ÁRIO E O CONCÍLIO DE NICÉIA

CONCÍLIO DE NICÉIA EM 325 E A TEOLOGIA DE ÁRIO

O Concílio de Nicéia reuniu-se em ração ao ensino de Ário. Ário era um Presbítero de Alexandria. Ário cria que o Pai é maior que o Filho que por sua vez é maior que o Espírito Santo. Ele não cria numa hierarquia de seres divinos, mas em um monoteísmo radical dizendo que apenas o Pai é Deus. Para Ário, o Filho é através de quem o Pai criou o universo, mas ele é apenas uma criatura feita do nada, não Deus. Como uma criatura ele não é eterno, mas teve um começo. "Houve um momento quando ele não era". Esses foram os pontos do debate no Concílio de Nicéia identificado pelo próprio Ário:
  1. O Filho teve um começo
  2. O Filho foi feito do nada
Em 324, Constantino tornou-se imperador do Oriente e do Ocidente e foi forçado a intervir no mundo religioso e resolver o conflito teológico provocado pelas idéias de Ário. Constantino convocou um Concílio pra resolver o problema. Em Junho de 325, sob a sua presidência, cerca de 220 bispos estavam presentes para discutir os temas (A tradição mais recente deu o número de 318, provavelmente derivado de Gênesis 14:14). O Concílio condenou Ário e produziu um credo antiariano, o Credo de Nicéia - não podemos confundir com o "Credo Niceno", que foi originado no Concílio de Constantinopla em 381. 

Veja o documento chamado CREDO DE NICÉIA:

Nós cremos em um Deus, o Pai todo poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.
E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, isto é, da substância do Pai. Ele é Deus de Deus, luz de  luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não criado, de substância (homoousios) com o Pai. Por ele todas as coisas foram feitas, as coisas no céu e sobre a terra. Por nós homens e para a nossa salvação ele desceu, foi feito carne e tornou-se homem. Ele sofreu, ressuscitou ao terceiro dia e ascendeu aos céus. Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo.
Mas a santa igreja católica apostólica excomunga (amaldiçoa) aqueles que dizem: "Houve um tempo quando ele não existia" e "ele foi feito do nada" e aqueles que afirmam que ele é de algum ser ou outra substância senão a do Pai ou que é mutável ou passível de mudança.

Mais tarde o Concílio de Nicéia foi considerado como o primeiro dos concílios gerais ou ecumênicos. Mas não alcansou tal favor em sua época. Longe de terminar o debate sobre a deidade de Jesus Cristo, Nicéia o inaugurou.

Em Nicéia Ário foi condenado pelo uso da palavra homoousios em particular. Nicéia dividiu a igreja em dois grupos principais:
  1. O partido niceno estava convencido quanto a plena deidade de Jesus Cristo
  2. Os arianos continuaram com a ideia da não deidade de Jesus Cristo.
Por causa do desentendimento e da polarização, estes dois partidos defrontaram-se por quase meio século. Isto foi chamado de "Controvérsia Ariana", mas imprecisamente. A controvérsia principal foi entre os nicenos e os originistas, com os arianos servindo como catalizadores do debate, em vez de participantes principais. 

O debate do quarto século sobre a pessoa de Jesus Cristo pode parecer remoto para nós hoje, especialmente por causa dos termos não-familiares usados. Às vezes pode parecer como um argumento filosófico obscuro. Mas o ponto em questão é fundamental e central à fé cristã. Jesus Cristo é meramente uma criatura enviada por Deus, ou Ele é a revelação do próprio Deus?

A deidade de Jesus Cristo é o fundamento de toda fé cristã verdadeira. Sem ela não há verdadeira revelação de Deus em Jesus e a doutrina cristã da salvação é prejudicada. Ário levantou um dos assuntos mais importantes na história da teologia e os pais antigos foram corretos ao afirmar a plena deidade de Jesus Cristo claramente em oposição a ele.

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Adventista
Twitter: @prcirilo

terça-feira, 29 de novembro de 2011

COMO JESUS VOLTARÁ: ACONTECIMENTOS RELACIONADOS COM A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

ACONTECIMENTOS RELACIONADOS COM A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

EM RESUMO a Bíblia garante que Cristo voltará. Sua segunda vinda ainda não ocorreu. Tampouco não ocorre quando uma pessoa morre. Ainda está no futuro.

A profecia das setenta semanas de Daniel iniciou com o terceiro decreto de Esdras no ano 457 A.C. e terminou com o apedrejamento de Estêvão no ano 34 de nossa era, um período completo de 490 anos. Não há comprovação bíblica para a teoria do "intervalo", ou dos sete anos "restantes" durante os quais os judeus evangelizaram o mundo. Em vez de apoiar uma teoria de duas segundas vindas, as palavras gregas apokálupsis, apokalúpto, érjomai, epifáneia, faneróo, horáo e parousia, individual e coletivamente provam que haverá uma única segunda vinda. Esta será literal, visível, audível, gloriosa e pessoal, e ocorrerá no fim da história deste mundo. Na atualidade Cristo está atuando como Intercessor do homem nos céus (Rom. 8:34). Mas, o Espírito de Deus, como nos dias de Noé, "não contenderá ... para sempre com o homem (Gên. 6:3, RC). O apóstolo João fala de um tempo quando Cristo deixará Sua função como Sumo Sacerdote no templo celestial. (Heb. 4:14-15; 8:1, 2; Apoc. 11:19).

"E saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual ... Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados" (Apoc. 16:17, 18, 20). "E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro" (Apoc. 6:14-16).

A MANEIRA COMO VIRÁ

Em seguida em vejamos algumas das descrições bíblicas da vinda de Cristo. Ele virá:

1. Com os anjos (S. Mat. 16:17; 25:31; S. Mar. 8:38).
2. Com poder e grande glória (S. Mateus 24:30; S. Mar. 13:26; S. Luc. 21:27.
3. Com grande voz de trombeta (S. Mateus 24:31; 1 Cor. 15:51; 1 Tess. 4:16).
4. Com palavra de ordem (1 Tess. 4:16).
5. Com voz de arcanjo (1 Tess. 4:16).
6. Com o resplendor de Sua vinda (2 Tess. 2:8).
7. Com estrepitoso estrondo (2 S. Ped. 3:10).
8. Na glória de Seu Pai (S. Mat. 16:27; S. Mar. 8:38; S. Luc. 9:26).
9. Em Sua glória (S. Luc. 9:26).
10. Em chama de fogo (2 Tess. 1:7-8).
11. Como o relâmpago (S. Mat. 24:27).
12. E todo olho O verá (Apoc. 1:7).

Assim como a primeira vinda foi literal, visível e pessoal, assim também será a segunda. Ele veio a primeira vez com um corpo real, e assim será também a segunda vez. Sua primeira vinda cumpriu as profecias bíblicas ao pé da letra; assim ocorrerá também em Sua segunda vinda. Assim como a crucifixão em Sua primeira vinda foi literal e visível para todos os que O contemplavam, da mesma maneira Sua glória em Sua segunda vinda será também visível – e o será – para todos. "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele" (Apoc. 1:7).

Sua segunda vinda será visível para todos, ou seja, tanto para os justos como para os ímpios (1 Cor. 1:7; Heb. 9:28; S. Mat. 24:30; S. Mar. 13:26; S. Luc. 21:27). Será audível (1 Cor. 15:52; 1 Tess. 4:16; S. Mat. 24:31; Sal. 50:3); será pessoal (Atos 1:11); será física (S. João 14:1-3); será gloriosa (S. Mat. 24:30; 25:31; S. Luc. 21:27; S. Mar. 13:26); ocorrerá antes dos mil anos do milênio, e é iminente (1 Tess. 4:15-17; Apoc. 20:6; S. Mat. 24:36-39, 44). Segundo a Bíblia, o retorno de Cristo não terá nada de silencioso e secreto.

"Virá o nosso Deus e não se calará; adiante dele um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dele" (Sal. 50:3, RC). Certamente haverá pelo menos três poderosos sons associados com Seu retorno: o som da "palavra de ordem", o som da "voz de arcanjo", e o som da "trombeta de Deus" (1 Tess. 4:16-17). Aqui a palavra "voz" deriva da palavra grega foné, de onde provêm as palavras como telefone, fonógrafo e fonética. Que utilidade tem o telefone "inaudível" ou um fonógrafo "inaudível"? Se a "voz (foné) do que clama no deserto" (S. Mat. 3:3) pôde ser ouvida, como pode ser inaudível "a voz (foné) do arcanjo"? Se quando Jesus "clamou em alta voz (foné): Lázaro, vem para fora!" (S. João 11:43), foi ouvido por todos os que estavam junto à tumba, como pode "a voz (foné) do arcanjo" ser inaudível? O retorno de Cristo será anunciado a cada habitante do mundo mediante "a trombeta de Deus" (1 Tess. 4:16). De todos os instrumentos, a trombeta é o som mais forte. Não é, portanto, um instrumento inaudível. Esta potente "trombeta de Deus" despertará os mortos. "A trombeta soará, os mortos ressuscitarão" (1 Cor. 15:52). E será escutada por todos os habitantes deste mundo, não somente pelos justos vivos. "Vós, todos os habitantes do mundo, e vós, os moradores da terra, ... olhai; e, quando se tocar a trombeta, escutai" (Isa. 18:3). Acompanhando os sons da "palavra de ordem", "a voz do arcanjo" e a "trombeta de Deus" será ouvido o estrondo das tumbas no momento de abrirem-se e "os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Tess. 4:16).

Amado leitor, sem dúvida, tem seres queridos que descansam no cemitério aguardando a manhã da ressurreição. Graças a Deus que, diante da voz do arcanjo e da trombeta de Deus, os mortos em Cristo ressuscitarão (1 Cor. 15:22-23, 52) e serão reunidos com os justos vivos mediante os anjos de Deus (S. Mat. 24:31), desde a "extremidade" da Terra (S. Mar. 13:27).

Será esse o tempo quando os justos exclamarão: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos" (Isa. 25:9).

O grande acontecimento do retorno de Cristo produzirá também a grande separação entre os justos e os injustos. "e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas" (S. Mat. 25:32. Ver também os versículos 31-46), e não unicamente os justos.

Haverá somente dois grupos separados nessa vasta companhia. A um dos grupos Ele dirá: "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (v. 34). A outro grupo ditará a irrevogável sentença: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (v. 41).

Cristo chama a este momento de "ceifa" da Terra (S. Mat. 13:36-43). Notemos isto especialmente em S. Mateus 13:38: "O joio são os filhos do maligno" e "assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século" (S. Mat. 13:40). Cristo não nos diz: "Colham o trigo secretamente e deixem que o joio continue crescendo à vontade durante sete anos mais até que Eu volte outra vez", mas disse: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Apoc. 22:12). Não fala somente aos justos, e sim "a cada um".

Não existe apoio bíblico para a teoria de um período de sete anos que transcorrerá entre duas supostas fases da segunda vinda de Cristo. A raça humana não tem uma "segunda oportunidade" de salvação. Tal crença mergulharia muitas pessoas em uma perigosa sonolência. O mundo atualmente está desfrutando de uma segunda oportunidade. Deus proveu a primeira oportunidade no próprio jardim do Éden. Através do infinito amor de Deus, o mundo recebeu uma segunda oportunidade mediante o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Não permitamos que ninguém nos engane e ponha em perigo nossa salvação, levando-nos a crer que haverá ainda uma segunda oportunidade. "Hoje é o dia da salvação".

A parábola das dez virgens (S. Mat. 25:1-13) nos ensina que não haverá uma segunda oportunidade para aqueles que não possam entrar nas bodas quando Cristo vier, não poderão entrar mais tarde. A porta se fechará para sempre. S. Lucas 13:24-25 nos ensina claramente a trágica impossibilidade de que algumas pessoas possam lograr uma segunda "oportunidade". Os que não conseguirem entrar quando o esposo vier, chorarão amargamente e lamentarão sua irreparável perda (S. Luc. 13:28) ao ver os justos redimidos e glorificados elevando-se nas nuvens do céu para encontrar-se com o Salvador (1 Tess. 4:16-17). "Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" (S. Mat. 24:30). Os ímpios clamarão aos montes e às rochas que caiam sobre eles e os escondam da majestosa vinda de Cristo (Apoc. 6:14-17). Perceberão que chegou o momento para o Filho do Homem vir e ceifar a Terra (Apoc. 14:14-16), e de que eles estão "imundos ainda" (Apoc. 22:11). Nesse tempo os ímpios vivos serão destruídos "com o resplendor de Sua vinda" (2 Tess. 2:8). Isto fará esta Terra ficar desolada e despovoada, durante 1.000 anos (milênio). Jeremias descreve isto da seguinte maneira:

"Olhei para a terra, e ei-la sem forma e vazia; para os céus, e não tinham luz. Olhei para os montes, e eis que tremiam, e todos os outeiros estremeciam. Olhei, e eis que não havia homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido. Olhei ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. Pois assim diz o Senhor: Toda a terra será assolada; porém não a consumirei de todo" (Jer. 4:23-27).

Notem-se especialmente as últimas seis palavras: "Porém não a consumirei de todo". Esta passagem não pode estar falando da destruição final de todos os ímpios, de todas as épocas, a que ocorrerá depois dos 1.000 anos (milênio). Na verdade, refere-se a uma destruição provisória que matará a todos os maus que estiverem vivos quando Cristo voltar. Esta mesma destruição reduzirá a Terra a ruínas. As cidades serão destruídas e as lavouras e os jardins se tornarão em desertos.

Quando se completarem os 1.000 anos (milênio) então será executada a sentença (2 S. Ped. 3:7; 2:4, 9). Depois disto os ímpios serão queimados e reduzidos a cinzas (Mal. 4:1, 3), incluindo o próprio Satanás (Ezeq. 28:18-19). Depois da Terra ser purificada e renovada pelo fogo (2 S. Ped. 3:9-13), então se cumprirá a promessa de Cristo de que "os mansos ... herdarão a Terra" (S. Mat. 5:5). A santa cidade, a Nova Jerusalém, descerá do céu, de Deus, e pousará sobre uma Terra feita nova (Apoc. 21:1-2) Neste tempo o "o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai ... e o seu reinado não terá fim" (S. Luc. 1:32-33).

Apreciado leitor, você gostaria de unir-se comigo em determinar que estará preparado em todo momento para a breve vinda de nosso Senhor Jesus Cristo a este mundo, a fim de que possamos encontrar com Ele, e caminhar juntos pelas gloriosas ruas de "ouro puro, como vidro transparente" (Apoc. 21:21).

Deus queira que seja assim.

Livro: O Arrebatamento Secreto (Como Ocurrirá Realmente la Segunda Venida de Cristo)
Autor: R. H. Blodgett
Eiciones Interamericanas.

Grifo, Adaptação e Didática por
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O MECÂNICO E O MENDIGO – HISTÓRIA REAL

O MECÂNICO E O MENDIGO – HISTÓRIA REAL


No ano de 1992 eu trabalhava como missionário voluntário na cidade de Aparecida do norte. Conheci um senhor chamado Youssef Naieff Marun (libamês). Após ter estudado a Bíblia ele se converteu e se tornou o líder da Igreja.


No ano 2000 eu estava no último ano de teologia, quando recebi uma visita inesperada. Era o meu amigo Youssef. Quanta alegria! Conversamos bastante. Antes dele ir embora me contou uma história que me emocionou profundamente.


Um dia, Youssef, lendo o jornal, viu o anúncio da venda de uma caminhonete no Paraná. O seu sonho era comprar uma caminhonete daquele jeito. Chamou o seu amigo mecânico e pediu ajuda. O mecânico aceitou o desafio de ir ao Paraná para analisar mecanicamente a camionete. Pegou suas ferramentas e colocou no carro do Youssef. Viajaram.


Esse mecânico tinha uma personalidade diferente. Era muitíssimo nervoso, não gostava de pobres, era preconceituoso e detestava mendigos.


Depois de algumas horas de viagem, inexplicavelmente o carro parou. Encostaram. Insistiram para funcionar, mas não conseguiram. O mecânico passou a investigar o problema. Não conseguiu nada. Tirou a caixa de câmbio, mas não identificou o problema. Ficou nervoso. Não conseguiu colocá-la no lugar. Começou a xingar tudo e todos, chutar o carro e a praguejar. O Youssef não podia fazer nada.


De repente, veio na direção deles um senhor carregando um saco nas costas. Estava todo maltrapilho. Sujo e descalço. Aproximando perguntou ao mecânico: “Posso ajudar senhor?” O mecânico respondeu furioso: “Não quero a sua ajuda, vai embora”. Tornou o mendigo a perguntar calmamente: “Posso ajudar senhor?”. O mecânico respondeu mais furioso ainda: “Não quero a sua ajuda. Vai embora. Eu detesto mendigos”. O Mendigo insistindo disse: “Eu sei que o senhor precisa de mim. Em 15 minutos eu conserto o problema e coloco a caixa de câmbio no lugar”. O Youssef sentindo confiança nas palavras do mendigo disse para o mecânico aceitar a ajuda. Então disse o mecânico: “É, deita aí, vê se você consegue arrumar então. E não arruma pra ver!”.


O mendigo deitou. Ficando numa posição estratégica, consertou o problema e colocou a caixa de câmbio no seu lugar em menos de 15 minutos. Pediu para o Youssef dar a partida. O carro funcionou. O mecânico ficou abismado com aquilo e perguntou brandamente: “Quanto é o seu trabalho?” Respondeu o mendigo: “Não é nada senhor”. Tornou a perguntar o mecânico: “Quanto é o seu trabalho?” “Não é nada senhor”. O que é que você quer então? “Sabe o que eu quero senhor?: Que o senhor respeite o próximo. Sabe o que eu quero senhor?: Que o senhor não tenha preconceitos. Sabe o que eu quero senhor?: Que o senhor ame o seu semelhante. O mendigo pegou as suas coisas e saiu. Os dois entraram no carro foram embora.

O youssef me contou naquele dia, com lágrimas nos olhos que foi o mais belo e profundo sermão que ele havia ouvido até o momento. Este sermão saiu da boca de um mendigo para uma pessoa que detestava mendigos.

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE - SEGUNDA PARTE: TIATIRA, SARDES, FILADELFIA E LAODICÉIA

7 IGREJAS DO APOCALIPSE SEGUNDA PARTE

Éfeso
Esmirna
Pérgamo
Tiatira
Sardes
Filadélfia
Laodicéia

TIATIRA = Sacrifício - A cidade em si dava a impressão de “fraca tornada forte”. Foi construída por Seleuco um dos generais de Alexandre, em 280AC. Foi construída para ser uma cidade-sede de guarnição militar. Sua indústria principal era de instrumentos de bronze e cobre. Fabricava também tecidos, especialmente em vermelho e púrpura. Havia um grande templo em honra ao deus sol “Apolo” na cidade

Elogio: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança, e as tuas últimas obras mais numerosas do que as primeiras”. (Ap. 2:19)
A igreja organizou orfanatos, hospital e missões. Essa era uma congregação realmente preocupada e dedicada a atender às necessidades das pessoas.
Reprovação: “Tenho contra ti o tolerares que essa mulher Jezabel, que assim mesma se declara profetiza, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. (2:20). Jezabel foi uma princesa fenícia e sacerdotisa de Baal, um deus pagão da natureza. Ele promoveu a adoração do Sol e contribuiu para desviar Israel de seu relacionamento especial com Deus.
Conselho: “Conservai o que tendes…” (Ap. 2:25). As doutrinas
Promessa: “Ao vencedor, que guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá… dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã”. (Ap. 2:26-27). Tiatira representa o quarto período do cristianismo na terra, quando a Igreja Católica sob a liderança do papa passou a perseguir de morte o verdadeiro povo de Deus. Seu período de existencia: TIATIRA 538-1517

SARDES = Cântico de Alegria. A cidade de Sardes foi construída sobre uma rocha (1150AC), ficava numa elevação de cerca de 500 metros. Era a capital do império da Lídia, um dos mais ricos do mundo antigo. A moeda cunhada surgiu em sardes.

Elogio: Muito pouco havia para ser elogiado. “Tens em sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras…”o restante vivia de aparência, do passado. Era um vivo morto.
Conselho: “Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer…Lembra-te, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te…” (Ap. 3:1)
Promessa: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida, pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”. (Ap. 3:5). Sardes representa o quinto período do cristianismo na terra quando ocorreu a reforma protestante sob Martinho Lutero e outros. Mas passando o fervor da reforma, os cristão se esfriaram e passaram a viver do passado. SARDES se desenvolveu de 1517-1755.

FILADÉLFIA = Amor Fraternal. A cidade foi fundada em 138AC por Átalo II, rei de Pérgamo também conhecido por Filadélfo. A sua localização geográfica era a porta de entrada para o oriente. Estava sujeita a freqüêntes terremotos. Era uma cidade magnificente. Essa igreja deve ter sido notável, pois recebeu só elogios da parte de Cristo e nenhuma repreensão.

Promessa: “Ao vencedor fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá…” (Ap. 3:12). Filadélfia representa um período de tempo ocorrente no século dezenove, quando grandes movimentos evangélicos e pró-advento revitalizaram a igreja. O reavivamento impeliu a igreja como nunca dantes. Ela foi capaz de apresentar Jesus a 10.000.000 de pessoas – a oportunidade era "uma porta aberta que ninguém pode fechar". Filadélfia representa o sexto período do cristianismo na terra quando a obra missionaria começou a se expandir pelo mundo. Nesse período surge a Igreja Adventista do Sétimo Dia. FILADÉLFIA existiu de 1755-1844

LAODICÉIA = 1844-VOLTA DE JESUS
ESTE É O ÚLTIMO PERÍODO DA IGREJA DO SENHOR AQUI NA TERRA. Cada um que se diz filho de Deus e crente em Jesus Cristo e amante do reino eterno, deve sair urgentemente do estado de mornidão e viver a altura do evangelho que conhece.

Em Apocalipse 3:14-22 está escrito: "Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve:

Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! 16Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; 17pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. 18Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. 19Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. 20Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. 21Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. 22Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas".
AS 7 IGREJAS DO APOCALIPSE: RESUMO 
As 7 igrejas da Ásia representam 7 períodos, da Igreja de Deus em toda a sua história

ÉFESO = Período Apostólico (31-100)
ESMIRNA = Período dos Mártires (100-313)
PÉRGAMO = Período da Oficialização da Igreja (313-538)
TIATIRA = Período do Domínio Clerical (538-1517)
SARDES = Período da Reforma (1517-1755)
FILADÉLFIA = Expansão Missionária (1755-1844)
LAODICÉIA = Período Final da Igreja (1844-Fim)

Éfeso - 31-100 – Branco - Pureza Cristã
Esmírna - 100-313 – Vermelho – Perseguição Morte
Pérgamo - 313-538 – Preto – Papa Recebe Poder Sobre as Igrejas
Tiatira - 538-1517 – Inquisição - Domínio Católico
Sardes - 1517-1755 – Reforma - Martinho Lutero
Filadélfia - 1755-1844 – Reavivamento - IASD

Você percebe que Jesus Cristo está te chamando para ser um verdadeiro cristão? Compreende que Jesus Cristo está te chamando agora? Você sente um forte desejo de entregar a vida a Jesus Cristo agora?

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

AS 7 IGREJAS DO APOCALIPSE: PRIMEIRA PARTE - ÉFESO, ESMIRNA E PERGAMO

7 IGREJAS DO APOCALIPSE: PRIMEIRA PARTE: ÉFESO, ESMIRNA E PERGAMO
  • Éfeso
  • Esmirna
  • Pérgamo
  • Tiatira
  • Sardes
  • Filadélfia
  • Laodicéia
 INTRODUÇÃO:
O Profeta tinha 85 anos quando foi abandonado na ilha de Patmos pelo imperador romano Domiciano. O Profeta disse:
“Achei-me em Espírito (visão), no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo… O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltando, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros , um semelhante a filho de homem…tinha na mão direita sete estrelas.… .Quando o vi, caí a seus pés como morto…” (Ap. 1:10-12,16,17) “Escreve pois as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas”. (Ap. 1:19). Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas”. (Ap.1:20)

AS 7 IGREJAS DO APOCALIPSE - Cada carta começa com uma Auto-Revelação de Jesus Cristo ao lider e segue dizendo: “Conheço…”

Para a Igreja de Éfeso  - Jesus Cristo é aquele que CONSERVA na Sua mão direita os LIDERES das 7 Igrejas e ANDA NO MEIO DAS 7 IGREJAS
Para a Igreja de Esmirna - Jesus Cristo é o PRIMEIRO e o ÚLTIMO que VENCEU a morte.
Para a Igreja de Pérgamo - Jesus Cristo é Aquele que tem a ESPADA AFIADA DE DOIS GUMES
Para a Igreja de Tiatira - Jesus Cristo é o FILHO DE DEUS e tem os OLHOS como CHAMA DE FOGO e os PÉS COMO BRONZE
Para a Igreja de Sardes - Jesus Cristo é o que tem os SETE ESPÍRITO DE DEUS e as SETE ESTRELAS
Para a Igreja de Filadélfia - Jesus Cristo é o SANTO o VERDADEIRO, que tem a CHAVE
Para a Igreja de Laodicéia - Jesus Cristo é o AMÉM a TESTEMUNHA FIEL e VERDADEIRA o PRINCÍPIO da criação de Deus

ÉFESO - “CONHEÇO as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos”. (Ap. 2:2)
ESMIRNA - “CONHEÇO a tua tribulação, a tua pobreza e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de satanás”. (Ap. 2:9)
PÉRGAMO - “CONHEÇO o lugar em que habitas, onde está o trono de satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita”. (Ap. 2:13)
TIATIRA - “CONHEÇO as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras” (Ap. 2:19)
SARDES - “CONHEÇO as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto”. (Ap. 3:1)
FILADÉLFIA - "CONHEÇO" as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome”. (Ap. 3:8)
LAODICÉIA - "CONHEÇO Dbras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!”. (Ap. 3:15). A Palavra CONHEÇO revela a ONISCIÊNCIA de Jesus Cristo

O NOME DE CADA CIDADE INDICA A SUA CARACTERÍSTICA COMO CIDADE E RELIGIOSIDADE. E A CADA IGREJA JESUS FAZ:
  • Elogio
  • Reprovação
  • Conselho
  • Promessa
A Introdução de cada carta revela um aspecto da Pessoa de Jesus Cristo. E foi extraído da visão maior do capítulo 1. A Conclusão de cada carta revela um aspecto da Cidade Santa. Ou da parte final do livro. Isto nos mostra que o livro já estava escrito quando o profeta escreveu as cartas. Vejamos:

Jesus Identificado                 Extraído:
  • Éfeso Ap. 2:1                Ap. 1:12-13
  • Esmirna Ap. 2:8             Ap. 1:17-18
  • Pérgamo Ap. 2:12         Ap. 1:16
  • Tiatira Ap. 2:18             Ap. 1:14-15
  • Sardes Ap. 3:1              Ap. 1:16
  • Filadélfia Ap. 3:7           Ap. 1:118
  • Laodicéia Ap. 3:14        Ap. 1:5,17
As Promessas vieram do final do livro

  •  Éfeso Ap. 2:7              Ap. 22:2,14
  •  Esmirna Ap. 2:11        Ap. 21:8
  • Pérgamo Ap. 2:17       Ap. 19:12
  • Tiatira Ap. 2:28           Ap. 22:16
ÉFESO = Desejável - A cidade estava num ponto geograficamente desejável, admirável. Possuia o mais belo porto da Ásia Ocidental. A cidade estava enfeitada com os mais lindos templos. Ali estava o templo da deusa Diana ou Ártemis, a deusa da fertilidade. Esse templo foi construído de ouro. Havia um grande teatro para 30 mil pessoas. Nesta cidade onde se adorava deuses, estátuas e árvores, Paulo, Apolo, Áquila e Priscila fundaram uma Igreja cristã. O evangelho converteu muitos efésios.

Elogio: Timóteo era o Pastor. Esta Igreja foi elogiada por Jesus pelo seu zelo, trabalho, lealdade às doutrinas e porque reprovavam as obras dos nicolaítas. (Ap. 2: 2,6)
Reprovação: O abandono do primeiro amor (Ap. 2:4). O mistério da iniquidade de que falou apóstolo Paulo (II Tess. 2:7) estava começando, os loubos vorazes, entrando na Igreja (At. 20: 29-31)
Conselho: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras…” (Ap. 2:5).
Promessa: “…Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”. (Ap. 2:7)

Éfeso representa o primeiro período do cristianismo na terra. Um cristianismo puro, fervoroso e cheio de amor. Corresponde à época dos apóstolos. ÉFESO: 31-100

ESMIRNA = Cheiro Suave - A cidade de Esmirna ficava cerca de 22 quilômetros ao norte de Éfeso, sobre uma bela enseada do mar Egeu (Parecia uma coroa). A cidade possuía uma planta aromática chamada mirra. Seu perfume era suave. No centro da cidade, havia um pequeno monte (Pago), e no seu topo, um santuário dedicado à divindade grega Nêmese. Hoje, sob o nome de Izmir, é a terceira maior cidade da turquia. Esmirna possuía o único mercado público de três andares, do mundo antigo. Havia jogos olímpicos na cidade e os vencedores eram coroados com coroas de ouro. A cidade havia sido destruída várias vezes (desde a sua fundação 1000 aC) por inimigos e por terremotos mas sempre fora recontruída. Ela morria e ressucitava.
Elogio: Policarpo era o Pastor da Igreja cristã em Esmirna. “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico…” (Ap. 2:9) O império romano estava perseguindo a Igreja e obrigando-a adorar o imperador como deus. Havia a “sinagoga de satanás” entre os cristãos. Um grupo de falsos cristãos. Não há reprovação para esta Igreja. O Conselho de Jesus é: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulações de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. (Ap.2:10). Esmirna tornou-se em 303 a arena de morte para numerosos mártires. Esse foi um tempo terrível sob a dominação romana, onde os cristãos eram lançados aos leões ou queimados sobre estacas. Um dos últimos a morrerem heroicamente foi Policarpo, o líder da igreja de Esmirna. Enquanto ele enfrentava a multidão sedenta de sangue no estádio municipal, o imperador romano exigia que ele jurasse por César e amaldiçoasse a Cristo... Policarpo respondeu calmamente: "Por oitenta e seis anos eu O servi e Ele nunca me fez mal. Como posso blasfemar meu Rei, o qual me salvou?". Com a subida do imperador Constantino ao trono romano, as perseguições chegaram temporariamenteao fim.
Promessa: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida… O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte (Ap. 2:10-11). Esmirna representa o segundo período do cristianismo quando a Igreja estava começando a ser perseguida de morte por não adorar o imperador como deus. A igreja perfumaria o mundo por sua fidelidade a Jesus Cristo. ESMIRNA: 100-313

PÉRGAMO Exaltação - Pérgamo significa "cidadela"; ela estava localizada no cume de uma montanha. Essa esplêndida cidade era conhecida por seus muitos templos pagãos e uma grande biblioteca com cerca de 200.000 rolos (livros). Pérgamo instituiu o primeiro culto de adoração a um imperador vivo (29 AC). Eis por que ela é referida como o lugar "onde Satanás tem seu trono". Pérgamo se orgulhava por ser a capital da Ásia e por ter muita cultura e uma corte que julgava os prisioneiros com severidade. Era o centro das religiões místicas orientais vindas de Babilônia. Tinha muitos templos pagãos.

Elogio: Antipas era o provável Pastor da Igreja. Ele foi queimado no ventre de um bezerro de latão aquecido até ficar encandescente. “Conserva o meu nome e não negaste a minha fé”. (Ap. 2:13)
Reprovação: “Tenho contra ti algumas coisas, tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão… Também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas”. Balaão e Balaque abriram espaço para o primeiro contato de Israel com Baal (Nm. 22:41), o deus fenício que seria o maior rival de Yahweh em todo o tempo do A.T. O povo de Israel foi levado à idolatria e a prostituição. Enquanto a Igreja de Éfeso “odiava as obras dos nicolaítas” (2:6), a Igreja de Pérgamo “sustentava a doutrina” deles. (Não acreditavam na divindade de Cristo e praticavam as obras da carne).
Conselho: “Arrepende-te” (Ap. 2:16)
Promessa: “Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe”. (Ap. 2:17). Pérgamo representa o terceiro período do cristianismo, quando o império romano estabelece um papa para liderar todas as igrejas cristãs. Nesse período muitas falsas doutrinas invadiram o cristianismo. Entre elas a guarda do domingo. PÉRGAMO: 313-538
Éfeso - 31-100 – Branco - Pureza Cristã
Esmírna - 100-313 – Vermelho – Perseguição Morte
Pérgamo - 313-538 – Preto – Autoridade Papal
  • Para os efésios que voltassem à prática das primeiras obras, Jesus os levaria à Arvore da vida que está no paraíso de Deus. Ap. 2:5,7
  • Para os cristãos de Esmirna que fossem fiéis até à morte, Jesus daria a coroa da vida. Ap. 2:10. E não participaria da segunda morte. Ap. 2:11
  • Para os cristãos de Pérgamo que se abandonassem as falsas doutrinas, Jesus daria do maná escondido e uma pedrinha branca com um novo nome. O arrependimento e a fidelidade a Jesus Cristo são condições para uma pessoa entrar no Reino Celestial 
Será que você precisa, hoje, abandonar o pecado e ser fiel a Jesus Cristo?
Você sente no coração o desejo de ser inteiramente fiel a Jesus Cristo?


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

AS 7 TROMBETAS DO APOCALIPSE - APOCALIPSE 8-11

AS 7 TROMBETAS DO APOCALIPSE - APOCALIPSE 8-11

O SANTUÁRIO CELESTIAL
A fim de criar um cenário próprio para o toque das trombetas, Deus primeiramente nos transporta para o santuário celestial. O profeta viu no santuário, um altar de ouro e um Anjo com um incensário de ouro para oferecê-lo com as orações dos santos. Em seguida o Anjo encheu o incensário de fogo e atirou para a terra. (Ap.8:3-5). O anjo é Jesus Cristo e o incenso representa a sua obra de intercessão pelos pecadores arrependidos. Ele diante do Pai perdoa o arrependido e o reveste com sua justiça. (Rom. 8:34; I Jo. 2:1)

Uma cena diferente acontece. O Anjo (Jesus) enche o incensário de fogo e não adiciona incenso. Atira o fogo para a terra. É o fim da intercessão de Cristo em favor da raça humana. O fim da graça. (Ap. 8:5). Os trovões, vozes, relâmpagos e terremotos que ocorreram, descrevem os acontecimentos da sétima trombeta e da sétima praga. (Ap.8:5; 16:17,18).

AS 7 TROMBETAS DO APOCALIPSE
A trombeta era usada pelas nações antigas, especialmente pela nação de Israel para anunciar um grande acontecimento. Geralmente, comunicava guera ou perigo (Jr. 4:19). No Apocalipse as trombetas representam os juizos de Deus sobre o mundo rebelde. E Deus, muitas vezes, utiliza as guerras e as investidas políticas para o cumprimento do seu propósito. Nos 7 selos, a Igreja de Deus está sendo perseguida pelo mundo e por Roma. Nas 7 trombetas, Deus revela o que vai acontecer com o mundo, começando com o império romano.

As 3 primeiras trombetas, aplicam-se a queda do império romano ocidental em 476. As 3 seguintes, aplicam-se a queda do império romano oriental em 1453. Na 7ª trombeta, o profeta apresenta a Volta de Jesus e da queda do Mundo.

A PRIMEIRA TROMBETA (8:7)
• Chuva de pedras com fogo e sangue
• Terça parte da terra queimada

Chuva de pedras com fogo e sangue (v.7). Um exército chamado Visigodo sob o comando do general Alarico, resolve invadir o Império romano Ocidental. Começando em 396 dC, os visigodos conquistaram a Trácia, a Macedônia e a Grécia, na parte oriental do império. Depois desceram dos Alpes e saquearam a cidade de Roma em 410 dC. Queimaram cidades e campos.
Queimada a terça parte da terra (v7).Esta fração ocorre repetidamente no Apocalipse e significa uma grande porção (Ap. 8:8, 9, 11, 12; 9:15,18; 12:4)

A SEGUNDA TROMBETA (8:8-9)
• Grande montanha de fogo atirada no mar e a morte da terça parte dos animais marinhos e das embarcações.

A grande montanha de fogo ao mar (v.8). Esta segunda trombeta descreve uma guerra marítima. Um segundo exército chamado Vândalo sob o comando de Genserico no ano de 428. Um dia, através do Mediterrâneo, invadiu Roma e levou milhares de prisioneiros, inclusive o imperador e duas filhas. Roma possuia 1.300 navios. Muito mais do que os vândalos possuíam. Assim resolveram entrar em batalha. Genserico reuniu alguns navios carregados de combustível, e rebocou-os para o meio dos navios romanos, incendiando e destruindo naquela madrugada mais de 1.100 navios romanos. Genserico, líder dos vândalos, era um predador humano. Sua base naval era no Norte da África. Ele navegava constantemente para a região costeira romana para guerrear. Um dia, um de seus navegadores perguntou: “Para onde nos dirigiremos hoje?” “contra aqueles com os quais Deus está irado”, respondeu Genserico. Genserico estava correto? Assim como a Assíria e Babilônia, muito tempo antes, Roma também havia castigado o povo de Deus. E como a Assíria e Babilônia, Roma por sua vez, teria que ser punida, também.

A TERCEIRA TROMBETA (8:10-11)
• Uma grande estrela de fogo cai sobre a terra
• Nome da estrela é Absinto

Uma grande estrela de fogo cai na terra (8:10). A terceira grande invasão que o Império romano ocidental sofreu veio da parte do exército Huno. Esta estrela que caia ardente sobre a terra é universalmente conhecidada como o rei Átila dos hunos. Átila era um pagão que se intitulava “flagelo de Deus”. Sua maior batalha foi em 451 dC. Onde morreu 200.000 de seus 700.000 homens. Os sodados de Átila abriam cicatrizes nas faces para aumentar sua aparência de terror. Átila não invadiu o Império romano propriamente, mas suas destruições ajudaram a desmoroná-lo. Este astuto e ousado líder vangloriava-se de ser rápido para atacar e fugir dos inimigos. Ele dizia de si mesmo: “Por onde eu e minhas tropas passam a relva jamais volta a crescer”.
A estrela é “Absinto”. Absinto é uma planta bem amarga que produz um suco venenoso. Isto reflete muito bem as amargas consequências dos ataques de Átila.

A QUARTA TROMBETA (8:12-13)
• A terça parte do sol, lua e estrelas escurecem
• Uma águia voando com 3 ais.

A terça parte do sol, lua e estrelas escurecem (8:12). Finalmente os luminares de Roma ocidental foram apagados. No ano 476, Odoacro, rei dos Hérulos, declarou que o nome e a função do imperador romano deviam ser abolidos. O senado curvou-se em submissão, e assim Rômulo Augustulo, o último dos governantes romanos, foi destronado. O sol romano escureceu
Os 3 Ais da Águia (8:13). Os 3 ais da águia revelam a natureza mais severa da quinta e sexta pragas

A QUINTA TROMBETA (9:1-12)
• Gafanhotos do poço do abismo. TRADICIONALMENTE (e eu não posso afirmar) se tem ensinado que nesta quinta trombeta, se cumpre o surgimento e desenvolvimento dos árabes. A Arábia tem sido chamada “o poço do abismo”. Por causa dos seus desertos e áreas vasias. Foi na Arábia que o maometismo surgiu e se espalhou como “fumo”. Esta fé que não é baseada na Bíblia e sim nas visões do seu profeta, leva outro evangelho ao mundo. Aplicando os eventos históricos da invasão às palavras desses versos, eles ficariam assim: Vindos do deserto, os árabes invadiram Roma oriental... Os guerreiros eram cavaleiros habilidosos. Com longos cabelos projetando-se de seus turbantes, eles cavalgavam diretamente sobre o inimigo, então guinavam para o lado e fingiam retirar-se... Quando o inimigo em perseguição ficava logo atrás deles, esses guerreiros se viravam no lombo dos animais e lançavam uma verdadeira chuva de flechas sobre o inimigo...  A habilidade e rapidez desses exércitos fizeram com que fossem comparados a gafanhotos que assolavam a terra ou a escorpiões que picavam, envenenavam e matavam. No estudo das profecias do Apocalipse é bom lembrar do princípio dia-ano estabelecido para profecias simbólicas (Num. 14:24). Utilizando o princípio dia-ano estabelecido para profecias bíblicas simbólicas, os cinco meses de tormenta representam um período de 150 anos (5 meses x 30 dias = 150 dias ou anos). A data inicial fixada para esse período é 27 de julho de 1299, quando os turcos otomanos lutaram na batalha de Bafeum, próximo à Nicomédia. A data de encerramento foi 27 de julho de 1449. O verso 6 indica que por causa do sofrimento produzido pela guerra, muitos prefeririam morrer, mas teriam de sofrer por um tempo. O tempo de conquistas e domínio árabes era de muita dor.

SEXTA TROMBETA:
• Os Anjos do Eufrates. Ap 9:13-21. Essa trombeta anuncia eventos que são a continuação da invasão otomana no império romano. A aplicação histórica dos símbolos é a seguinte: Os símbolos aplicam-se ao contínuo conflito entre turcos otomanos e Roma. O número dos invasores, o fogo, a fumaça, o enxofre, a destruição da terça parte da humanidade – todos eles referem-se a lutas e destruição. O tempo de uma hora, um dia, um mês e um ano tem sido interpretado segundo a perspectiva histórica como 391 anos, a partir da data fornecida pela quinta trombeta. Isso nos leva a 11 de agosto de 1840, o fim do império otomano. Os versos 20 e 21 apontam os pecados dos romanos que não foram mortos nas invasões. Quais foram eles? Idolatria, assassinatos, feitiçarias, prostituição e furtos. Mesmo os juízos sofridos durante as trombetas não produziram amplo arrependimento ou reforma entre os cristãos daquele tempo. Há algum pecado em particular ou grupo de pecados que tem estorvado sua vida? Você deseja romper com um hábito, mas cada vez que acha ter conseguido a vitória, comete pecado novamente... Jesus promete-lhe vitória. Eis razão de Ele ter deixado o Céu e vindo a este mundo – Cristo Se importa com você. Há vitória em Jesus! Peça-Lhe que a conceda. Ele está disposto a ajudá-lo.

A SÉTIMA TROMBETA
• Apocalipse 11:15-19. Fascinante! A trombeta soa e potentes vozes celestiais proclamam as boas-novas. "O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos.” (verso 15). A história terrestre atinge seu clímax. Deus põe fim ao governo das nações que perseguiram e oprimiram Seu povo, e estabelece um reino de paz e justiça. Ninguém jamais distorcerá novamente a imagem do Deus de amor e graça. Quando você pensa acerca de Jesus voltando à Terra, para que possa viver eternamente com Ele, como isso o faz sentir?

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

domingo, 27 de novembro de 2011

BATISMO EM TAQUARI - PALMAS TO

EVANGELISMO IMPACTO PALMAS - TO
IASD TAQUARI











Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

TEXTOS DIFÍCEIS SOBRE A NOVA TERRA - ISAÍAS 65 E 66

ALGUNS TEXTOS PROBLEMÁTICOS COM RESPEITO À NOVA TERRA Isaías 65 e 66

As predições de Isaías 65 e 66 causaram problemas para os que buscam aplicar à nova terra descrita em Apocalipse 21 e 22 as descrições que Isaías faz da morte, do nascimento de meninos e da presença de cadáveres (Isa. 65:20, 23; 66:24).

Estas dificuldades surgem se se ignora o fato da revelação progressiva entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Como se descreveu na primeira parte, nos capítulos 3 e 4, Cristo e seus apóstolos anunciaram que com Jesus começou o tempo dos antítipos (ver Mat. 12:6, 41, 42; Rom. 5:14, 15; 1 Cor. 15:22). Este conceito teológico denota que a consumação das esperanças de Israel será imensamente maior que o que foi predito pelos profetas. O Novo Testamento proclama que Cristo Jesus é "fiador de um melhor pacto" (Heb. 7:22). Isto significa que "Deus tinha já disposto algo melhor para nós, de modo que não chegassem eles [os fiéis hebreus] sem nós à perfeição" (11:40, BJ).

Esta hermenêutica do evangelho não requer que Apocalipse 21 e 22 repitam as restrições do velho pacto. A esperança cristã é melhor que a antiga esperança de Israel. O Apocalipse declara que no estado eterno não haverá barreiras étnicas ou raciais na Nova Jerusalém (ver Apoc. 21:14), não haverá mais morte (20:14), não haverá pessoas ímpias nem coisas impuras (19:20, 21; 21:27). Não haverá nenhuma das maldições de Deus. Tudo será feito "novo" (21:5).

As diferenças entre o panorama futuro que João apresenta e o panorama do futuro de Isaías revelam a progressão da revelação divina. Para ter uma investigação dos princípios de interpretação no Novo Testamento, ver também o ensaio que sobre isto aparece no Comentário bíblico adventista, tomo 4, páginas 27-40.

Já Não Haverá Mais Mar

Outro tema de interpretação é a notável declaração de João: "E o mar já não existe" (Apoc. 21:1). Os comentadores tratam em forma detalhada se esta expressão deve tomar-se de maneira literal ou simbólica. Para que esta predição tenha sentido, precisamos recordar que o "mar" em Daniel e no Apocalipse é o símbolo padrão do caos, do reino dos poderes ímpios e inquietos (Dan. 7 e Apoc. 13; também Ezeq. 28:8; Isa. 57:20) e da morte (Apoc. 20:13). Henry B. Swete faz o seguinte comentário:

"O mar desapareceu, porque na mente do escritor está associado com idéias que estão em desacordo com o caráter da nova criação".1

Portanto, João assinala ao mar como o "separador de nações e igrejas". Nesse sentido negativo, João nos assegura que já não haverá mais nenhum "mar". A humanidade não necessita já ter temor à separação ou ao levantamento do mal. Em Salmos 104:25 e 26 se menciona o "mar" como uma parte da criação original de Deus em Gênesis 1:10, que permanece sob o total domínio do Criador.

A Nova Jerusalém como a Esposa

Outro problema aparente é causado pelo fato de que tanto a igreja defeituosa como a Nova Jerusalém são chamadas a "esposa" de Cristo. João denominou a igreja que se preparou para encontrar-se com Cristo, a "esposa" de Cristo (Apoc. 19:7). Depois o anjo declara que a cidade é "a noiva, a esposa do Cordeiro" (21:9). Isto tem feito com que alguns intérpretes concluam que a Jerusalém celestial e a igreja redimida de Cristo são uma e a mesma.

De acordo com a lei judaica, uma mulher comprometida em matrimônio era considerada como uma mulher casada que podia ser castigada por adultério.2 Isto explicaria por que o anjo chama à Nova Jerusalém ao mesmo tempo "a noiva" e "a esposa" do Cordeiro (Apoc. 21:9).

À luz do ensino apostólico, a identificação da igreja com a Nova Jerusalém contém um ponto importante de verdade: a igreja na terra é uma com a igreja no céu. Contudo, a distinção entre a comunidade terrestre e a celestial não deve abolir-se. A Jerusalém celestial, como a cidade do Deus vivente, permanece como a "mãe" da igreja sobre a terra (Gál. 4:26). Esta cidade celestial descerá do céu, como Cristo prometeu à sua igreja em Apocalipse 3:12.

O cumprimento desta promessa tem lugar à conclusão do milênio (Apoc. 21:2). Então, o fato de que à Nova Jerusalém seja chamada "a noiva, a esposa do Cordeiro" (v. 9), indica que os santos estão todos dentro da Nova Jerusalém, o que confirma o ensino de Cristo (João 14:1-3) e o do Paulo (1 Tes. 4:16, 17): que os santos serão levados ao céu por ocasião da segunda vinda.

Além disso, a Nova Jerusalém sobre a terra é descrita com detalhe em Apocalipse 21:1-22:5. Tem o trono de Deus e do Cordeiro, e dela flui "o rio puro da água da vida, claro como cristal". De um e do outro lado, na praça, está a árvore da vida, que dá cada mês seu fruto (22:1, 2). Isto afirma a realidade desta cidade.

Cura pela Árvore da Vida

Finalmente, a declaração que diz que as folhas da árvore da vida eram "para a cura das nações" (Apoc. 22:2) suscita a pergunta de por que há necessidade de "cura" na Nova Jerusalém. Nossa primeira observação deve ser que esta descrição é uma adoção da visão do templo de Ezequiel: "Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto… o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio" (Ezeq. 47:12). Aqui, a idéia de "cura" encaixa dentro da perspectiva da restauração do Israel depois do exílio babilônico. Deus esperava que os israelitas que retornassem ficassem "envergonhados de suas culpas" (43:10, BJ) e não ousassem mais "abrir a boca de vergonha" (16:63, BJ). E proibiu que "nenhum estrangeiro, nenhum incircunciso, de coração ou incircunciso na carne, dentre todos os estrangeiros que haja em meio dos filhos do Israel, entrará em meu santuário" (44:9, JS).

João adapta a predição de Ezequiel para revelar seu cumprimento na terra feita nova em uma forma que excede inclusive as expectativas de Ezequiel. João inclui a todos os gentios que lavaram "suas roupas" e portanto, obtiveram o direito de comer da árvore da vida dentro da Nova Jerusalém (Apoc. 22:2, 14; ver também 7:14).

Esta revelação nova e importante omite o antigo rito da circuncisão como o sinal de acesso da árvore da vida e o substitui por uma fé vivente no sangue expiatório de Cristo Jesus (ver Apoc. 7:14). Aqui de novo atestamos a progressão da revelação na história da salvação. Surge a pergunta: Por que os santos na nova terra precisam comer da árvore da vida? A função da árvore da vida no jardim do Éden, em Gênesis (2:9; 3:22-24), proporciona a resposta: para perpetuar a vida (ver Gên. 3:22). A árvore da vida no Apocalipse obtém suas propriedades curativas do trono de Deus e do Cordeiro (Apoc. 22:1, 2). Ezequiel já tinha explicado: "Todos os meses trarão frutos novos, pois suas águas brotam do santuário" (Ezeq. 47:12, BC).

Deus e o Cordeiro permanecem como a fonte viva de vida e bênção por toda a eternidade. A humanidade redimida precisa recordar durante toda a eternidade que só Deus o Criador tem imortalidade inerente (ver 1 Tim. 6:16), e que os santos permanecem para sempre dependendo de seu Redentor para ter vida. Portanto, estamos de acordo com a seguinte interpretação da Ellen White sobre a necessidade da árvore da vida:

"A árvore da vida é uma representação do cuidado protetor de Cristo por seus filhos. Quando Adão e Eva comiam dessa árvore reconheciam sua dependência de Deus. A árvore da vida possuía o poder de perpetuar a vida, e enquanto comessem dela não podiam morrer".3

"O fruto da árvore da vida no jardim do Éden possuía virtudes sobrenaturais. Comer dela equivalia a viver para sempre. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas folhas serviam para manter a vida e a imortalidade".4

Ellul explica este conceito filosoficamente, declarando que a "cura" por meio das folhas da árvore da vida significa "a cura da finitude [do homem]".5 O homem sempre estará marcado pela finitude. Nunca será divinizado nem chegará a ser Cristo:

"Permanece uma distância infinita entre o Criador e o homem ressuscitado... Ferido constantemente, ameaçado constantemente pela finitude que está nele, é reavivado constantemente, curado constantemente, pela eternidade. Mas esta não é uma condição de inferioridade imposta a ele, e sim a situação criada pela relação de amor e pelo triunfo da graça. Porque ainda tudo é de graça. E este homem vive pela eternidade de graça, na graça que lhe é dada; vive do 'dom gratuito' ".6

O propósito final da descrição que João faz da cidade vindoura é para assinalar além das imagens da árvore e do rio da vida a nossa necessidade eterna de "uma relação pessoal com Deus no centro da redenção e a concessão da graça de Deus".7

Referências

1 Swete, Commentary on Revelation, p. 275.
2 Strack-Billerbeck, Comentario del Nuevo Testamento con el Talmud y la Midrás, t. 2, p. 393; Joachim Jeremias, Diccionario teológico del Nuevo Testamento [ed. por G. Kittel], v. 4, pp. 1092, 1093.
3 Ellen White, Review and Herald, 26 de janeiro de 1897; citado em 7 CBA 999.
4 Ellen White, Signs of the Times [Sinais dos Tempos), 31 de março de 1909; citado em 7 CBA 999.
5 J. Ellul, Apocalypse, The Book of Revelation, p. 230.
6 Ibid., pp. 230, 231.
7 Eichrodt, Ezekiel, p. 5.

Extraído do livro: Profecias do Fim de Hans K. Larrondelle

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

O DOMINGO NO NOVO TESTAMENTO GREGO

DENOMINAÇÃO PARA O DOMINGO NO NOVO TESTAMENTO GREGO

Afirmam alguns estudiosos que ele é denominado o "Primeiro dos Sábados", ou o "Principal dos Sábados" de acordo com o original grego. Se atentarmos para o grego e o modo dos judeus denominarem os dias da semana, veremos que tais afirmações são insustentáveis.
A expressão "primeiro dia da semana" é usada oito vezes no Novo Testamento e foi traduzida da frase grega: miá ton sabbáton ou de outras com pequenas variações e em Marcos 16:9 de: prote sabbátu.
A expressão mais geral, para o primeiro dia da semana, é formada em grego de dois elementos:

1º) A palavra miá, numeral grego, na sua forma feminina.
2º) Da palavra grega sábbaton, nome neutro, que significa sábado.

Se a palavra miá é feminina, percebe-se logo, que não pode referir-se ao vocábulo "sábbaton" que é neutro. "Miá" sendo o numeral feminino precisa concordar cem outra palavra feminina e esta é "hemera", dia em grego, que está subentendida, levando-nos a concluir que a tradução correta e fiel da expressão original grega deve ser: "O primeiro dia da semana."

Todos os conhecedores do grego concordam ser esta uma boa tradução, porque os dicionários gregos confirmam que a palavra "sábbaton" também significa semana. Isto é confirmado pelos dicionários e por aqueles que nos dias dos apóstolos falavam o grego.

The Analytical Greek Lexicon

Sábbaton – propriamente cessação do trabalho, descanso; o sábado judaico, usado tanto no singular como no plural – Mat. 12:2, 5, 8; Luc. 4:16; uma semana, singular e plural – Mat. 28:1; Mar. 16:9.

A Greek – English Lexicon of the New Testament. . . . Arndt and Gingrich.

a) Verbete sábbaton – o sétimo dia da semana no calendário judaico, marcado pelo descanso do trabalho e por especiais cerimônias religiosas.
b) Semana – no singular – dis tou sabbáton, dois dias em uma semana - Luc. 18:12.

Prote sabbáton – no primeiro dia da semana (domingo) - Mar. 16:9.

No plural (he) miá (ton) sabbáton (isto é – hemera) – o primeiro dia da semana - Mat. 28:1.

O evangelista Lucas (18:12) citando as palavras do fariseu, declara: Jejuo duas vezes na semana. Em grego está: nesteuo dis tu sábbatu; que numa tradução literal seria: Jejuo duas vezes no sábado. Não há necessidade de muita acuidade mental, para concluir que o homem não poderia estar afirmando, que jejuava duas vezes durante um único sábado. Com facilidade concluímos que ele queria dizer que jejuava duas vezes durante a semana, ou no período marcado por dois sábados sucessivos.

Os judeus designavam os dias da semana usando a expressão "primeiro", "segundo", "terceiro", etc. dos sábados, subentendendo-se evidentemente a palavra dia, que em grego é do gênero feminino. Em outras palavras, os judeus denominavam o domingo como o primeiro dia depois do sábado.

Este processo, encontrado no Novo Testamento, é comprovado com exemplos de escritores gregos e latinos dos primeiros séculos, Embora numerosos, os seguintes são suficientes para nosso esclarecimento:

a) Didachê, ou Ensino dos Apóstolos (cerda de 150 A.D.) livro 5, capítulo 19.
b) Constituição dos Santos Apóstolos (cerca de 390 A.D.).
c) Sobre o Jejum, de Tertuliano (cerca de 225 A.D.) capítulo14.
d) Narração sobre o Salmo 80, de Agostinho (cerca de 420 A.D.), parágrafo segundo.

Não apenas os textos neotestamentários usam a expressão – miá sabbáton, para o primeiro dia da semana, já que esta denominação se conserva até hoje nas Igrejas da Síria e Etiópia.

Concluímos portanto que a expressão "miá sabbáton" foi corretamente traduzida para o português por primeiro dia da semana.

Em segundo lugar, não resta dúvida alguma, sobre o fato de que a Bíblia não faz menção especial de qualquer espécie, ao primeiro dia da semana como querem defender os guardadores do domingo.

O Dr. Aníbal Pereira Reis, em seu livro A Guarda do Sábado, págs. 140-141, com bastante sagacidade e astúcia tenta provar, através de sofismas baseados em Marcos 16:2 e 9 que o domingo é o principal dia da semana.

Nestes dois versos temos a expressão: primeiro dia da semana, com a seguinte diferença em grego:

Mar. 16:2 – miá ton sabbáton.
Mar. 16: 9 – prote sabbátu.

No grego no primeiro verso está o numeral cardinal e sábado no genitivo plural, enquanto no segundo se encontra o numeral ordinal e sábado no genitivo singular, ou duas expressões diferentes para expressar a mesma coisa. Os escritores gregos podiam tanto usar o numeral cardinal quanto o ordinal, na mesma acepção, como nos comprovam os exemplos de Mar. 16:2 e 9.

Pelo fato de primeiro, significar também principal, Dr. Aníbal defende que nesta passagem tem este significado, deduzindo que a tradução correta de Marcos 16:9 deve ser: "E tendo ressuscitado na manhã do principal dia da semana", para ele o domingo.

Que autoridades e passagens bíblicas ele cita para comprovar sua estranha conclusão? Evidentemente nenhuma, desde que estas reflexões foram arquitetadas em suas lucubrações, mas não estão escudadas em princípios exegéticos e nas declarações das Santas Escrituras.

Concluir da expressão "primeiro dia da semana" o significado de principal dia da semana, interessado em defender pela Bíblia a valorização do domingo, com desprestígio do sábado é muita ousadia no campo da exegese bíblica.

O que mais nos admira e se torna mais grave é que no prólogo do seu livro declarou: "Minha posição no tocante ao cumprimento do sábado está absoluta e indubitavelmente enraizada na Bíblia, a Infalível Palavra de Deus".

É inacreditável chegar a tais desmandos diante desta afirmação.

O professor de Teologia Moral no Instituto Filosófico – Teológico de Petrópolis, Dr. Frei Antônio Mosser afirma, na página 477 da Revista Eclesiástica Brasileira: "O que Jesus fez não foi abolir o sábado. Nem podia fazê-lo, pois na compreensão dos judeus o sábado foi instituído pelo próprio Deus. O que Jesus fez foi libertar os homens do jugo em que o sábado tinha sido transformado pelo empobrecimento da teologia rabínica. Ele liberta o homem da letra do sábado".

Na página 485 o mesmo autor afirma:

"Está historicamente comprovado que o repouso dominical foi introduzido pelo Decreto de Constantino, em 321. O Decreto dizia mais ou menos o seguinte: "Que todos os juízes e habitantes das cidades descansem no venerável dia do sol".

Eusébio, bispo de Cesaréia, contemporâneo de Constantino, o Grande, não tardou em declarar o seguinte:

"Tudo o que era de obrigação no dia de sábado, nós o transferimos para o dia do Senhor, que é propriamente (o dia) mais nosso, como o mais elevado que é em categoria e mais digno de honra do que o sábado judaico". – Eusébio, De Vita Constantin, Livro III, cap. 33, pág. 413.

Note bem a sua declaração – Nós. Prova evidente e insofismável de que não havia nenhuma autoridade para tal mudança conferida por Cristo ou pelos apóstolos.

Apesar do decreto de Constantino, o sábado continuava a ser observado até que um golpe mais decisivo o veio a atingir.

A. D. Prynne em sua História dos Concílios, Vol. l, parágrafo 39 assim se expressa:

"O sábado do sétimo dia foi observado por Cristo, pelos ap6stolos e pelos primeiros cristãos até que o Concílio de Laodicéia a certos respeitos como que aboliu a sua observância."

"O Concílio de Laodicéia, em 364, resolveu em primeiro lugar a observância do Ceia do Senhor e em seguida proibiu sob anátema a observância do sábado judaico".

Extraído de Leia e Compreenda Melhor a Bíblia de Pedro Apolinário

Ênfase, Grifos e Didática de:
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

ORIGEM DO PECADO NO CONCEITO WHITEANO E BÍBLICO

ORIGEM DO PECADO NO CONCEITO WHITEANO E BÍBLICO - O GRANDE CONFLITO 492-493


CONCEITO DE ELLEN G. WHITE SOBRE A ORIGEM DO PECADO

“É impossível explicar a origem do pecado de maneira a dar a razão de sua existência. Todavia, bastante se pode compreender em relação à origem, bem como à disposição final do pecado, para que se faça amplamente manifesta a justiça e benevolência de Deus em todo o Seu trato com o mal...
Nada é mais claramente ensinado nas Escrituras do que o fato de não haver sido Deus de maneira alguma é responsável pela manifestação do pecado; e de não ter havido qualquer retirada arbitrária da graça divina, nem deficiência no governo divino, para que dessem motivo ao irrompimento da rebelião...
O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência, deixaria de ser pecado...
Nossa única definição de pecado é a que é dada na Palavra de Deus; é: "quebrantamento da lei"; é o efeito de um princípio em conflito com a grande lei do amor, que é o fundamento do governo divino”.


EZEQUIEL 28:13-18 – QUEM ERA LUCIFER?   
  • Estava no Éden – Jardim de Deus
  • Se cobria de todas as pedras preciosas
  • Era um querubim
  • Estabelecido por Deus
  • Permanecia no monte santo de Deus
  • Andava no brilho das pedras preciosas
  • Foi criado perfeito
  • Era formoso
  • Resplandecia de gloria
  • Na multiplicação do teu comércio se encheu o teu interior de violência
  • Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura
  • Corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor
  • Pela multidão das tuas iniquidades profanaste o santuário
  • Pela injustiça do teu comércio profanaste o santuário
ISAÍAS 14:13-14 – LÚCIFER QUERIA TER:
  • Um trono
  • Ser Adorado
  • Ser semelhante a Deus
“O pecado originou-se com aquele que, abaixo de cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do céu. Lúcifer, ‘o filho da alva’, era o primeiro dos querubins cobridores, santo, incontaminado. Permanecia na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele”. (PP 35)

“Lúcifer no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos”. (HR.13).

QUEM ERA LÚCIFER? 
  1. O anjo mais honrado
  2. O anjo mais poderoso
  3. O primeiro dos anjos
  4. Um anjo santo
  5. Um anjo incontaminado
  6. Vivia perto de Deus.
  7. Feliz e muito inteligente.
  8. Desejo de exaltação
  9. A glória que tenho é minha
  10. Cobiçou a homenagem a Deus
  11. Desejou ser adorado
  12. Invejou a Cristo
  13. Pretendeu comandar tudo
  14. Desejou ser Deus
COMO VENCER TODAS AS CILADAS DO DIABO? EFÉSIOS 6:10-18
  1. ARMADURA = VERDADE
  2. SAPATOS = EVANGELHO
  3. ESCUDO = FÉ
  4. CAPACETE = SALVAÇÃO
  5. ESPADA = PALAVRA DE DEUS
  6. ORANDO E VIGIANDO COM TODA PERSEVERANÇA 
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

EVANGELISMO DO IRMÃO S

EXEMPLOS DE COMO O IRMÃO S EVANGELIZAVA

Evangelismo 203-206 
“O Pastor S está agora dirigindo uma série de conferências em Oakland. ... Armou ele sua tenda em local central e conseguiu bom auditório, melhor do que esperávamos. O irmão S é um evangelista inteligente” (p. 204)
  • “Armou uma tenda em lugar central”.
  • “Fala com a simplicidade de uma criança”.
  • “Nunca introduz nenhuma leviandade em seu sermão”.
  • “Prega diretamente da Palavra de Deus”.
  • “Seus argumentos convincentes são as palavras do AT e NT”.
  • “Não busca palavras que meramente impressionem as pessoas com a sua erudição, mas esforça-se para deixar que a Palavra de Deus lhes fale diretamente com expressões claras e distintas”.
  • “Para que alguém recuse aceitar a mensagem, tem que recusar a Palavra”.
  • “O irmão S insiste especialmente nas profecias dos livros de Daniel e Apocalipse. Tem ele grandes figuras dos animais de que esses livros falam”.  
  1. “Esses animais são feitos de papel machê”
  2. “Por meio de mecanismo engenhoso, podem ser postos perante o auditório no momento preciso em que deles se necessita”.
  3. “Mantém, assim, a atenção do auditório, enquanto lhes prega a verdade”.
  • “O irmão S insiste especialmente nas profecias dos livros de Daniel e Apocalipse. Tem ele grandes figuras dos animais de que esses livros falam”. “Por meio dessas conferências centenas de pessoas serão orientadas para melhor compreensão da Bíblia do que a que já possuíam, e confiamos em que haverá muitas conversões”. Carta 326, 1906  
  • “Os trabalhos do irmão S fazem-me relembrar os efetuados de 1842 a 1844”.
  • “ Ele usa a Bíblia e somente a Bíblia, para provar a veracidade dos seus argumentos”.
  • “Apresenta um simples ‘Assim diz o Senhor’. A seguir, se alguém lhe contradiz as palavras, esclarece que não é com ele que devem argumentar”.
  • “Possui ele figuras grandes com aspecto realístico dos animais e símbolos de Daniel e do Apocalipse, e estes são postos à frente no momento oportuno para ilustrar os seus comentários”.
  • “Nenhuma palavra descuidosa nem desnecessária lhe escapa dos lábios”.
  • “Ele fala com convicção e solenidade”.
  • “Muitos de seus ouvintes nunca antes ouviram sermões de natureza tão solene”.
  • “Não manifestam (os ouvintes) espírito de leviandade, mas solene reverência parece pousar sobre eles”. Carta 350, 1906. 
  • “O Pastor S está despertando bom interesse por suas reuniões. Pessoas de todas as classes vão escutá-lo e ver as imagens de tamanho natural que possui dos animais do Apocalipse. Muitos católicos vão escutá-lo”. Carta 352, 1906. 
  • “Agrada-me a maneira em que nosso irmão [o Pastor S] tem usado a sua habilidade e tato para proporcionar ilustrações apropriadas dos temas apresentados: figuras que possuem poder convincente. Tais métodos serão usados mais e mais neste trabalho de finalização”. Manuscrito 105, 1906. 
  • “Tem o Senhor estado a dirigir o Pastor S, ensinando-o a transmitir às pessoas esta última mensagem de advertência. Seu método de fazer com que as palavras da Bíblia provem a verdade para este tempo, e seu uso dos símbolos apresentados no Apocalipse e em Daniel, são eficazes”. Carta 349, 1906
“O IRMÃO S É UM EVANGELISTA INTELIGENTE”  
9 Habilidades que foram louvadas por EGW
  1. “Armou uma tenda em lugar central”.
  2. “Fala com a simplicidade de uma criança”.
  3. “Nunca introduz nenhuma leviandade em seu sermão”.
  4. “Prega diretamente da Palavra de Deus”.
  5. “Seus argumentos convincentes são AT e NT”.
  6. “Não usa palavras para impressionar mas deixa que a Palavra de Deus fale com expressões claras e distintas"
  7. "O irmão S insiste especialmente nas profecias dos livros de Daniel e Apocalipse".
  8. "Tem ele grandes figuras dos animais de que esses livros falam”.
  9. Ele usa a Bíblia e somente a Bíblia, para provar a veracidade dos seus argumentos”.
Resumido e esquematizado por:

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo 

EVANGELISMO DE JESUS CRISTO

COMO JESUS CRISTO EVANGELIZAVA?
Obreiros Evangélicos 116


GRANDE TATO E SABEDORIA SÃO NECESSÁRIOS NO TRABALHO DE GANHAR  ALMAS (p. 116)
  1. “O Salvador nunca suprimiu a verdade, mas disse-a sempre com amor”.
  2. “Em Suas relações com os outros, exercia o máximo tato, e era sempre bondoso e cheio de cuidado”.
  3. “Nunca foi rude, nunca proferiu desnecessariamente uma palavra severa, não ocasionou jamais uma dor desnecessária a alma sensível”.
  4. “Não censurava a fraqueza humana”
  5. “Denunciava destemidamente a hipocrisia, a incredulidade e a iniquidade, mas havia lágrimas em Sua voz ao proferir Suas esmagadoras repreensões”.
  6. “Nunca tornava a verdade cruel, porém manifestava profunda ternura pela humanidade”.
  7. “Toda alma era preciosa aos seus olhos”.
  8. “Conduzia-se com divina dignidade; inclinava-Se, todavia, com a mais terna compaixão e respeito para todo membro da família de Deus”.
  9. “Via em todos, almas a quem tinha a missão de salvar”.

Esquematizado por:
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PARA SE DAR BEM NA VIDA

PARA SE DAR BEM NA VIDA

1. Sorria Sempre.
2. Cumprimente a todos sem discriminação.
3. Esteja pronto a servir.
4. Perdoe sempre.
5. Peça perdão sempre.
6. Diga sempre: “Muito Obrigado”.
7. Busque sempre a excelência no trabalho.
8. Ser atencioso com qualidade faz bem ao próximo.
9. Não seja nunca:
a) Polêmico
b) Vulgar
c) Desonesto
d) Briguento

10. Seja sempre:
a) Humilde
b) Simples
c) Organizado
d) Legal

11. Estenda sempre a mão ao necessitado. Seja caridoso.
12. Finalmente, ore sempre. Tenha um programa de Oração individual.
• Você será ricamente abençoado por Deus.
• Leia sempre Mateus 7:12
• Leia Isaías 40:15,17


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ESTUDO EXEGÉTICO DE LUCAS 16:16

ESTUDO EXEGÉTICO DE LUCAS 16:16

INTRODUÇÃO

As mensagens bíblicas são divinas, já que as idéias ou pensamentos foram inspirados por Deus, sob a orientação do Espirito Santo; porém, o modo de se expressar ou as palavras escolhidas são dos homens. Assim sendo é evidente que o profeta e outros escritores sagrados se serviram de suas habilidades e dos elementos de cultura da sua época. Como os costumes são alterados e as culturas ultrapassadas, torna-se difícil a compreensão de textos bíblicos escritos em contextos históricos milenares. Acrescido a este há o problema das cópias e traduções que contribui, às vezes, para que o texto sagrado não transmita exatamente a idéia do original. Após estas afirmações é fácil concluir que, muitas vezes, é necessário grande esforço e a orientação divina para que o pesquisador chegue a conclusões corretas concernentes ao que o mensageiro de Deus queria transmitir.

No Novo Testamento, um dos textos que tem sido tema para muitas discussões é Lucas 16:16, que aparece na tradução de Almeida Revista e corrigida:

"A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele."

O profícuo ministério de Cristo, visando salvar o homem, encontrou os mais variados obstáculos. Uma leitura atenta dos Evangelhos nos revelará que seus maiores inimigos e os mais acérrimos questionadores não foram os ignorantes, mas os mestres de então – os saduceus e fariseus.

O contexto da passagem de Lucas 16:16 nos indica, que Cristo usou este verso num diálogo com os fariseus, que estavam ridicularizando ou minimizando as sublimes características messiânicas de Jesus. Foi para estes fariseus que Cristo declarou:

"A lei e os profetas vigoraram até João" – em outras palavras, eles ouviram a declaração do Mestre do cumprimento da lei e dos profetas em João.

Esta frase pronunciada há quase dois mil anos, retirada do seu contexto, tem sido usada por alguns comentaristas, como uma das principais provas bíblicas, da abolição dos 10 mandamentos com Cristo.

A finalidade primordial desta análise exegética é esclarecer e orientar os sinceros estudantes das Escrituras, de que nada existe neste texto, que possa ser usado como prova da anulação da eterna, santa e imutável lei de Deus.

COMENTÁRIO DO TEXTO

Para uma carreta interpretação de qualquer texto, o primeiro passo é ir ao original, neste caso ao grego, para ver como lá se encontra.

Lucas o escreveu assim:  "Ho nómos kai hoi profetai ews Ioanu". Sua tradução literal será: "A lei e os profetas até João".

Como ponto de partida para a boa compreendo deste verso, é necessário saber que as palavras duraram, vigoraram ou existiram, que aparecem em algumas versões não se encontram no original. Um destes sinônimos foi introduzido como um acréscimo ou recurso usado pelo tradutor para complementação do sentido. Observe bem que na tradução de Almeida Revista e Corrigida "duraram" aparece em itálico, como prova de que não se encontra no grego.

Os três mais relevantes princípios hermenêuticos devem ser aplicados neste estudo para sabermos o que Cristo quis declarar. (Veja estes princípios no capítulo – Predestinação Bíblica).

Para uma adequada compreensão do seu sentido a passagem paralela de Mateus 11:13 deve ser colocada ao lado desta, porque diz a mesma coisa, mas com muito mais clareza:

"Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João".

Mateus nos esclarece que Lucas jamais pretendeu declarar que a lei e os profetas terminaram nos dias de João, mas simplesmente afirma que eles profetizaram até aquele tempo a respeito de Cristo.

A Bíblia está repleta de provas de que a lei e os profetas continuaram depois de João.

1ª) A Lei

Como poderia o Senhor estar afirmando em Lucas 16:16 que a lei se tornara perempta ou fora suprimida quando no verso seguinte declara alto e bom som: "E é mais fácil passar o céu e a terra, do que cair um til sequer da lei".

Mateus nos informa da lealdade de Cristo à lei: "Não cuideis que vim destruir a lei e os profetas". Mateus 5:17.

Na sua palestra com o jovem rico, nosso Senhor o advertiu: ". . . se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos".

2ª) Os Profetas

A Bíblia fala de muitos profetas nos tempos apostólicos.

Atos2:17-18 – "... e profetizarão".
Atos 19: 6 – ". . . e . . . profetizavam".
Atos 21:7-9 – "Filipe tinha quatro filhas donzelas, que profetizavam".
l Cor. 14:29 – "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem".

Os antinomistas são incoerentes em suas afirmações, porque ao declararem que a lei de Deus foi abolida depois de João, afirmam:

a) A Lei parou com João Batista, o precursor de Cristo.
b) A Lei vigorou até a 1ª vinda de Cristo.
c) A Lei de Deus findou na cruz.

Vemos aqui o ilogismo cronológico de três abolições da Lei.

O estudo do contexto é muito útil para melhor compreensão do assunto, pois este nos indica que nem Mateus nem Lucas está discutindo os Dez Mandamentos. Pelo contexto sabemos que muitos dos judeus eram descrentes da missão e do caráter de Cristo e do Seu precursor. Afirmavam sua crença em Moisés e em todos os profetas. Cristo procurou insistentemente provar-lhes que Ele era Aquele de quem os profetas falavam e que o reino de Deus lhes estava sendo pregado através de João Batista.

QUAL O REAL SIGNIFICADO DA FRASE: "A Lei e os Profetas Até João"?

"A lei e os profetas". Isto é, os escritos canônicos do VT (vide Mat. 5:17; 7:12; 22:40; Luc. 24:27, 44; Atos 13:15; 28:23; vide Luc. 24:44).

"Até João". Isto é, João Batista. "Até" a pregação do "reino de Deus" por João os sagrados escritos do VT constituíam a orientação primária do homem para a salvação (veja Rom. 3:1, 2). A palavra "até" (gr. mechri) de maneira nenhuma implica – como alguns expoentes superficiais da Escritura querem nos fazer crer – que "a lei e os profetas", as Escrituras do VT, de algum modo perderam seu valor ou força quando João começou a pregar. O que Jesus quer dizer aqui é que até o ministério de João "a lei e os profetas" eram tudo o que os homens tinham. Veio o evangelho, não para substituir ou anular o que Moisés e os profetas tinham escrito, mas antes suplementar, reforçar, confirmar aqueles escritos (veja s. Mat. 5:17-19). O evangelho não toma o lugar do VT, mas é adicionado a ele. Este é claramente o sentido em que mechri (também traduzido "para") é usado em tais passagens da Escritura como Mat. 28:15 e Rom. 5:14.

Através do NT não há nenhum exemplo em que o VT é de algum modo depreciado. Pelo contrário, é nas Escrituras do VT que os crentes do NT encontravam a mais forte confirmação de sua fé; de fato, o VT era a única Bíblia que a primeira geração da igreja do NT possuía (veja João 5:39). Eles não o desprezavam, como fazem alguns hoje que se intitulam cristãos, mas honravam e estimavam-no. De fato, nesta mesma ocasião Jesus estabeleceu os escritos do VT como suficientes para conduzir os homens ao céu (veja Luc. 16:29-31). Aqueles que ensinam que as Escrituras do VT são sem valor ou autoridade para os cristãos, ensinam o contrário do que Cristo ensinou. Paulo afirmou que seus ensinos incluíam "nada mais além daquilo que os profetas e Moisés disseram que viria". (Atos 26:22). Em seu ensino Paulo se referia constantemente à "lei de Moisés" e aos "profetas" (veja Atos 28: 23).

No sermão da Montanha Jesus deixou claro que Seus ensinos de modo algum punham de lado os do VT. Ele declarou enfaticamente que não veio tirar das Escrituras do VT o menor "jota" ou "til" (veja Mat. 5: 18). Quando Ele declarou "mas Eu vos digo" (veja v. 22), o contraste que Ele delineou entre os ensinos do VT e Seus ensinos, não tinha em vista diminuir o valor ou importância dos primeiros, mas antes libertá-los dos estreitos conceitos dos judeus de Seus dias e amplificar e fortalecê-los.

Desde aquele tempo. Desde a proclamação do reino de Deus por João Batista, luz adicional tem estado a brilhar sobre o caminho da salvação, e os fariseus não tinham qualquer escusa para serem "cobiçosos" (veja v. 14). Tinha havido luz suficiente para eles no VT (veja vs. 29 a 31), mas eles tinham rejeitado aquela luz (João 5:45-47); agora eles tomavam a mesma atitude em relação à luz em acréscimo que brilhava através da vida e ensinos de Jesus (veja João 1:4; 14:6)."

Estas explicações se encontram no SDABC, Vol. V, págs. 828-829.

CONCLUSÃO

De conformidade com os ensinos de Cristo, a analogia das Escrituras, a comparação de passagens paralelas, e o contexto do verso, a única conclusão a que se chega é:

Uma melhor tradução da passagem seria: A lei e os profetas foram pregados até João.

À luz do que nos ensina claramente a Palavra de Deus, e apoiados no testemunho de abalizados comentaristas podemos concluir, sem nenhuma dúvida, que a lei de Deus permanece como disse Barclay: "inalterada e inalterável".

A Lei dos Dez Mandamentos representa o caráter de Deus, portanto é tão eterna quanto Ele próprio.

A afirmação de que o Velho Testamento foi proscrito juntamente com os profetas, não encontra base nos ensinamentos de Cristo nem nas declarações dos escritores do Novo Testamento. Veja Atos 26:22; 28:23.

Extraído da Apostila Leia e Compreenda Melhor a Bíblia de Pedro Apolinário

Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
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