terça-feira, 1 de novembro de 2011

PEQUENOS GRUPOS: PROBLEMAS QUE AFETAM

PROBLEMAS QUE AFETAM UM PEQUENO GRUPO E COMO SOLUCIONÁ-LOS


1. Esquecer as Regras e Normas que Regem o Pequeno Grupo
1.1. Problemas:
a) Participantes – tendo mais que 15 membros
• Não há assentos suficientes para todos;
• Limita a iniciativa missionária de convidar os interessados;
• Começa incomodar o anfitrião e familiares;
• Limita o tempo de participação individual;
• Obriga atrasos na programação.
b) Horário – havendo impontualidade
• Desestimula a presença;
• Atrapalha compromissos de terceiros;
• Causa desânimo nos membros;
• Provoca programa atabalhoado.
c) Planos – não havendo projetos
• Cria uma sensação de rotina;
• Não desenvolve o senso de compromisso;
• Desestimula a participação dos membros.
d) Crianças – Quando não lhes é dada atenção especial
• O programa lhes é enfadonho;
• Procura ocupar o tempo de alguma forma;
• Chama atenção dos pais para seus interesses.
1.2. Soluções:
Escrever em ata (caderneta) e descrever periodicamente em reuniões todas as metas e propósitos do Pequeno Grupo. Exemplo:
a) Compromissos
• Dos membros
• Dos líderes
• Do grupo

• Etc.
b) Programa
• Hora de início
• Duração
• Término
• Conteúdo
• Etc.
c) Datas
• De retiros espirituais
• De passeios
• De comemorações especiais
• Etc.
d) Atuação
• Com crianças
• Com interessados
• No local de reuniões
• Etc.


2. Atuação Desequilibrada com as Partes do Programa
2.1. Problemas:
a) Cânticos – se não relacionados, quais e quantos:
• Não formam uma seqüência lógica e objetiva;
• Cada membro usará o direito de escolher mais um.
b) Testemunhos – se não forem disciplinados
• Divagam-se até chegar ao principal;
• Incluem-se elementos alheios e desnecessários;
• Empolgam-se pelas experiências, alongando-se.
c) Orações – se não forem disciplinados
• Alongam-se mais do que o necessário;
• Tornam-se enfadonhas.
d) Estudo – se não for bem dirigido
• Gasta-se mais tempo na introdução;
• Perde-se a rota do assunto;
• Na conclusão já não há disposição mental.
2.2. Solução:
Dar atenção e planejar cada parte do programa. Exemplos:
a) Conteúdo
• Comunhão (confraternização);
• Adoração (louvor e adoração);
• Missão (testemunho);
• Estudo da Bíblia.
b) Horário
• Manter-se dentro do tempo estabelecido para cada parte;
• Seguir uma agenda rígida;
• Eleger no grupo um “controlador” do horário;
• Com tato, orientar os membros quanto à participação no programa.


3. Fechar-se em Si Mesmo – “Panelinhas”
3.1. Problemas
a) Egoísmo – desvirtua os objetivos do pequeno grupo
• Não há empenho em convidar novas pessoas para as reuniões;
• Limita o círculo de amizade entre os membros do grupo;
• Cria resistência na futura divisão do grupo em dois pequenos grupos.
b) Competição – produz animosidade
• Ter atitude de que este é o melhor pequeno grupo da igreja;
• Disputar quem lê, ora e testemunha melhor no pequeno grupo;
• “Eleger” seu líder como o melhor de todos.
c) Auto-independência – isolando-se
• O líder não participa do Encontro de Líderes;
• Faz programas próprios à revelia da orientação do pastor e Associação;
• Forma seu padrão de comportamento.
3.2. Soluções:
a) Abrangência – senso de pertencer
• Promover a simpatia cortesia;
• Desenvolver tolerância paciência com os mais fracos e deficientes;
• Repelir as fofocas;
• Integração com outros pequenos grupos.
b) Cooperação – senso de participar
• Relembrar os alvos e metas do pequeno grupo;
• Engajamento missionário;
• Orar e se empenhar para que a cada semana tenha mais visitas no pequeno grupo;
• Participar nos eventos de pequenos grupos da igreja, do distrito e da Associação.


4. Disparidade na Participação dos Membros
4.1. Problemas:
a) O Calado – pessoa introvertida
• Temeroso no falar;
• Prefere ouvir que falar;
• Respostas lacônicas: sim, não, concordo, discordo, etc.
• Cioso da reputação.
b) O Falador – pessoa extrovertida
• Audacioso no falar;
• Prefere falar que ouvir;
• Respostas prolixas: sabe...eu acho...me lembrei de um fato...etc.
• Quer ser notado.
4.2. Soluções
a) Introvertidos – com perseverança
• Faça perguntas de foram rotativa, membro por membro, da esquerda para a direita;
• Faça perguntas do tipo abertas, como: por que, o que pensa, qual a sua opinião etc;
• Coloque o nome da pessoa na frente da pergunta: João, gostaria de dar sua opinião sobre...?
• Valorize as respostas dadas.
b) Extrovertidos – com delicadeza
• Antes de formular perguntas, lembrar ao grupo que é importante a participação de todos, portanto, devem ser breves nos comentários;
• Formule as perguntas acompanhadas das expressões: Fale em poucas palavras...Você poderia, de maneira reduzida...
• Se necessário, com delicadeza e em particular, peça-lhe que não exceda nas participações;
• Em casos extremos; com tato, retome o tema.

5. Membros Interferindo na Vida dos Outros
5.1. Problemas:
a) Dar conselhos indiscriminados
• Soa como intromissão na vida particular;
• Resultados negativos são atribuídos ao conselheiro
b) Confessar os pecados dos outros
• Soa como fofoca e maledicência;
• Deixa os envolvidos magoados.
5.2. Soluções
a) Se tem conselhos adequados
• Incentive a pessoa a agir por sua própria consciência baseada na Bíblia;
• Comece com a palavra “eu” e não “você”;
• Conte sua história ou experiência;
• No caso de dúvidas, encaminhe a pessoa à alguém mais experiente.
b) Cuidados no falar sobre terceiros
• Tenha o hábito de falar sobre você e não sobre os outros;
• Ao fazer pedidos de oração, fale sobre a necessidade da pessoa e não de suas causas.


6. Ausência de Atividades Missionárias
6.1. Problemas
a) Inexperiência – refletidas em afirmações:
• ...”Não tenho dom”;
• ...”Não tenho jeito”;
• ...”Não tenho vontade”;
b) Deficiências em:
• Descobrir os dons;
• Promover treinamentos;
• Discipular.
6.2. Soluções:
a) Começar pelo mais simples
• Oração Intercessória;
• Convidar parentes para os programas do pequeno grupo;
• Entregar literatura;
• Oferecer curso bíblico.
b) Promover treinamento:
• Como dar testemunho pessoal;
• Como fazer visitas missionárias;
• Como ministrar um curso bíblico;
• Como alcançar decisões.
c) Discipular – o mais experiente com o menos experiente:
Eu mostro – eu faço.
Eu mentoreio – Eu faço – e você vem comigo.
Eu monitoro – Você faz – e eu vou com você.
Eu motivo – Você faz e leva outra pessoa.
Nós multiplicamos – Você faz e ensina outra pessoa.
d) Estimular os dons com:
• Seminários sobre os dons;
• Teste e “Feira” (exposições) de dons;
• Planejar atividades utilizando os dons.


7. Falta de Atividades Sociais e Recreativas
7.1. Problemas: Limitações
a) Tempo – O dirigente não consegue planejar e organizar o evento.
b) Recursos – Não há reservas financeiras para esta finalidade.
c) Opções – Não se tem idéias das tantas possibilidades.
d) Importância – Não se valoriza a realização desta necessidade.
7.2. Soluções: Iniciativas
a) Consciência – A necessidade social e tão premente quanto a espiritual.
b) Líder – Escolher e nomear alguém no grupo.
c) Planejamento – Fazer um calendário de atividades: aniversários, piqueniques, passeios, acampamentos, turismo etc.
d) Organização – Prever e prover recursos, locais, atividades, etc.



8. Estudo Deficiente da Bíblia
8.1. Problemas:
a) Monólogo X Diálogo
• Sermões – Pregadores inibem a participação do grupo;
• Classes Bíblicas – Instrutores transformam o grupo num auditório só de ouvintes.
b) Assuntos
• Polêmicos: Provaria discórdias e distorções na compreensão;
• Difíceis: Como poucos dominam o assunto, isto limita a participação;
• Específicos: Tais como: Denominacionais, Estudos Bíblicos, Profecias, etc;
• Simplórios: Tipos “Água com açúcar” e “Palha” não satisfazem as necessidades, nem o crescimento espiritual dos membros.
8.2. Soluções:
a) Estudo Dinâmico e Envolvente
• Pessoal – “Estudarem a Bíblia por eles mesmos”. E. White, Testemonies For The Church, vol. 7, 195.
• Indutivo – Descobrindo: que diz, que significado tem e que aplicação faz a passagem bíblica.
• Participativo – Perguntas abertas: exigem conceitos pessoais que envolvem o grupo em discussão.
b) Preparar Estudos com Temas:
• Unificadores: Que objetiva aplicar princípios da Palavra de Deus.
• Abrangentes: Que atinja a todos; crentes, não crentes e novos na fé.
• Acessíveis: Que seja do domínio do grupo e que se aplique ao dia a dia do membro.
• Substanciosos: Que forneça conhecimento, experiência, força e poder aos participantes na sua caminhada espiritual.


Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

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