RELATÓRIO DO LIVRO COMPREENDENDO AS ESCRITURAS: REQUISITO PARA A MATÉRIA REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO MINISTRADA PELO DR. AMIM RODOR: UNASP 2 - 2009
O livro Compreendendo as Escrituras é excelente em sua proposta de apresentar à igreja Adventista o conceito teológico de Revelação e Inspiração e uma Hermenêutica confiável. Ao ver uma enxurrada de métodos e idéias sobre a compreensão da Bíblia e como ela chegou a nós, necessita-se de uma clarificação sobre o assunto. E isso os autores fizeram com relevante sucesso.
Gostei do capítulo Revelação e Inspiração de Fernando L. Canale onde ele apresenta as várias compreensões externas e internas sobre Revelação e Inspiração. Não muito daquilo que estudamos em sala de aula. Portanto veio reforçar a matéria.
Achei, todavia, que ele não está muito seguro com a compreensão Adventista sobre Revelação e Inspiração quando diz em sua conclusão as frases (pp 71, 72):
1. “Os Adventistas não estão unidos em sua compreensão do problema fundamental de Revelação e Inspiração”.
2. “Daí a necessidade de que se descortine claramente um novo modelo de interpretação”.
3. “Temos sugerido neste capítulo um novo modelo de compreensão de Reveção e Inspiração”
4. “Precisamos continuar buscando uma melhor e mais profunda compreensão das pressuposições hermenêuticas fundamentais envolvidas em nossa interpretação de Revelação e Inspiração”.
5. Devemos esclarecer e integrar, em detalhes, toda a evidência que encontramos nos ensinos e fenômenos das Escrituras em relação a Revelação e Inspiração.
Eu concordo, e é verdade, que não devemos fechar a mente ao conhecimento progressivo da verdade (Prov.4:18), mas acredito que temos uma compreensão clara, através do Texto Bíblico e do Espírito de Profecia, sobre Revelação, Inspiração e Iluminação. O livro O Grande Conflito na sua introdução é esclarecedor e o próprio autor cita 1ME 21 (p. 64). Talvez precisa-se, como ele diz, citando Edward Heppenstall, “definir” e “desenvolver” melhor o nosso conceito de Revelação e Inspiração (P.54).
Percebi que o autor refletiu bem sobre a Inspiração do Pensamento no modelo em que Ellen G. White apresentou. Tal modelo considera o pensamento e o homem/profeta/escritor sendo inspirados (p.55). Houve certo equilíbrio, também, quando o Dr. Fernando Canale ponderou sobre as Vantagens e Dificuldades da Inpiração do Pensamento (pp. 58-60) .
Apreciei quando o autor falou sobre revelação englobando os vários modelos e fundamentou a sua idéia em Hebreus 1:1-2.
1.Teofânico (Ex. 3:1-5)
2.Profético (Ap. 1:1-3)
3.Verbal (Ex. 31:18)
4.Histórico (Lc. 1:1-3)
5.Sapiencial (Ec. 1:1, 12-14; 12:9-11)
6.Existencial (Lm. 3:1).
O Dr. Alberto R. Timm, já havia proposto em um artigo O Adventismo e a Inspiração (Ministério [Brasil], março-abril de 1999, 9-12); História do Desenvolvimento das Doutrinas Adventistas, (Apostila de classe para o programa de mestrado.2007, p. 90), a “Natureza Sinfônica da Inspiração” para se evitar a polarização clássica entre a inspiração verbal e a inspiração de pensamento.
Foi, para mim, de grande proveito o texto do Dr. Richard M. Davidson Interpretando a profecia do Antigo Testamento, especialmente quando ele apresentou 12 passos funcionais para a interpretação, um tipo de guia prático para a interpretação da profecia preditiva das Escrituras do Antigo Testamento (p. 2001-202).
E, também, a sua afirmação coerente de que “Todo o terceiro capítulo de Gênesis é organizado em uma estrutura quiástica” sendo os versos 14 e 15 o centro. Nele, encontra-se a primeira promessa evangélica (p. 186-187). A maneira como ele descreveu o plano da salvação a partir desse relato microcósmico, para mim, foi emocionante. Ele mostrou na prática como se faz uma hermenêutica confiável.
Notável, também, foi a sua afirmação de que “os eventos dos últimos dias são reunidos no que tem sido chamado de telescopia profética” e que o Novo Testamento se encarrega de esclarecê-la. Fazendo esse tipo de hermenêutica “lá e cá”, isto é; Antigo e Novo Testamento, ele passeou por:
1) Gênesis 3:15 “A primeira promessa do Messias”
2) Salmo 2 “O Messias como Rei”
3) Isaías 53 “O Messias como Servo sofredor”. (p. 186-189).
DEU-ME ASSIM E AMPLIOU COERENTEMENTE A MINHA VISÃO SOBRE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA.
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Nenhum comentário:
Postar um comentário