A. SITUAÇÃO DO EVANGELISMO NO SÉCULO XXI:
1. Evangelismo considerado como baixa prioridade em muitas igrejas: O que era o marca – passo da igreja primitiva, perde a prioridade na mente dos membros.
- As atividades da igreja tornaram-se centrípetas.
- Eventos, departamentos e recursos usados primariamente para serviço aos membros.
- Evangelismo, visitação e treinamento para testemunhos despertam pouco interesse por parte da congregação.
- Muitos tendem a perceber o perdido apenas numa dimensão sociológica. O fato das pessoas que não pertencem a Cristo estarem perdidas uma vez que um imperativo teológico tem mudado na mente de muitos crentes.
- Não há mais zelo fervente pelos ex –adventistas, amigos e parentes.
- O sucesso é avaliado de acordo com o alvo de batismos. Em muitas igrejas evangélicas, o sucesso é avaliado pelo número dos que “tomaram a decisão”. Há uma brecha entre ser batizado e tornar-se discípulo.
- Discípulo: alguém comprometido, incorporado ao corpo, que se reproduz como seguidor de Cristo.
- Analogia da pesca (ver apêndice do livro Guia do Evangelista nesse CD)
1. Era do evangelismo profético (1830 – 1918)
- Período das grandes campais Adventistas. Tremendo crescimento da igreja, de 5.440 membros em 1870 para 75.000 membros na virada do século (4,6% por ano).
- Tiago White, J. N. Loughborough, A. T. Jones, D. M. Canright.
- O foco primário era plantar igrejas. Após cada campal uma nova igreja era erguida na cidade próxima. Mais de 1.500 foram organizadas durante este tempo.
- O desenvolvimento de hospitais Adventistas, publicadoras e escolas deviam ser coordenadas com campanhas públicas de evangelismo em larga escala, nas áreas metropolitanas.
- H. M. S. Richards, J. L. Shuler, E. E. Cleveland, George Vandeman.
- Surgem instituições orientadas para o evangelismo: Voz da Profecia, escolas bíblicas por correspondência, centros evangelísticos em N. Y. e Londres e o “Adventist Media Center”(Está Escrito, Amazing Facts, Faith for Today).
- O evangelismo adventista era visto como uma “máquina de produzir almas”.
- Durante a década de 80, o aumento de diferenças étnicas, culturais e sócio- econômicas tornaram difícil estabelecer planos centralizados de evangelismo.
- Congregações longamente estabelecidas cresciam em educação e influência, cobravam mais atenção e tornaram-se menos interessadas no evangelismo.
- Aumento do secularismo e dificuldade em alcançá-los através do evangelismo convencional.
- Hospitais e escolas enfrentavam o mercado competitivo. Precisavam inovar ou entrar em falência. Por isso, tornava-se mais difícil envolver-se em estatísticas evangelísticas.
- A ênfase é colocada em partilhar a fé, em vez de ensinar um sistema de doutrinas.
- A amizade torna-se o instrumento primário para trazer homens e mulheres a Cristo e o alvo é atender às necessidades das pessoas. (Fonte: Sharing our Faith with friends – Monte Sahlin)
A) Conceitos:
- Oikos – Sistema social composto por aqueles relacionados uns aos outros através de laços comuns e tarefas. Família ou pessoas na espera de influência
- Mais frutífero método de evangelismo e o mais econômico. Quanto mais distante do povo, mais dispendioso será o evangelismo.
- 70% dos novos conversos vieram por causa de amigos ou familiares.
- Atos 16:11-15 – Começou a igreja com Lídia e sua família, e depois com o carcereiro e seu Oikos.
- Marcos 5 – “Vai para tua casa, para os seus amigos (Oikos).”
- Lucas 19:9 – “Hoje a salvação veio a esta casa (Oikos)”.
- João 4:52, 53 – O nobre e toda a sua casa creram.
- Atos 10:2, 24 – Cornélio reuniu seus parentes e amigos íntimos.
- Atos 18:8 – Crispo creu com toda a sua casa.
- I Coríntios 1:16 – A casa de Estéfanas foi batizada por Paulo.
1. Fazer discípulos é mais efetivo quando ele é uma resposta intencional da igreja local.
- Torna-se parte das prioridades e alvos da igreja local. Há compromisso dos membros;
- As atividades incluem passos específicos para trazer novos discípulos para a igreja;
- Faz parte de um “mix” de programas que focalizam o crescimento da igreja.
- 1ª Razão: Cada membro possui diferentes dons para a edificação da igreja (Ef. 4:16).
- 2ª Razão: quanto maior e mais variado contato o não - cristão tem com o corpo, maior a influência de decisão. Uma razão pela qual o evangelismo um- a –um torna-se infrutífero é a carência desse contato.
- 3ª Razão: O novo cristão precisa fazer amizades na igreja, caso contrário ele não permanecerá.
- Quanto mais distante o evangelismo da igreja local, menos frutos permanecem; quanto mais próximo da igreja local, mais frutos permanecem;
- Uma estratégia efetiva guia em torno da igreja local;
- A igreja treina seus membros para fazer discípulos;
- A igreja coordena os recursos do corpo para fazer discípulos.
1. Diferentes pessoas se unem à igreja por diferentes razões. Edward A. Raulf, diretor da Research and Information do Concílio Luterano – USA, realizou pesquisa com 180 pessoas para responder a essa questão:
- Relacionamentos e responsabilidades familiares (30%). Preocupavam-se em manter a família unida e fortalecer a vida familiar. Bem- estar da família levou-os a buscar a igreja.
- A influência do povo cristão (22%). Viam a diferença na qualidade de vida de amigos, parentes, vizinhos e conectaram essa diferença às convicções religiosas dessas pessoas ou membros da igreja.
- Visita à igreja, programas, eventos (19%). Ao visitarem a igreja, fora as ocasiões especiais, desperta-lhes a consciência, reflexão ou auto – exame.
- Busca de comunidade (14%). Uma atmosfera amigável fê-los sentir-se em casa, quando visitaram a igreja. O relacionamento afetuoso provocou um desejo de retornar.
- Crise pessoal (17%). Perderam o controle de sua vida e buscaram os eventos da igreja para ajudá-los a reorganizar prioridades e valores.
- Influência de pastores (12%). Interação com o pastor tornou-se o que os levou à filiação da igreja.
- Busca da verdade (11%). Uma jornada pessoal em busca da verdade.
- Sentimento de vazio (11%)
- Reação aos sentimentos de culpa e temor (10%)
- Amigos ou parentes ............................ 79%
- Pastor .................................................. 6%
- Programa ............................................ 3%
- Iniciativa própria ................................ 3%
- Cruzada evangelística ........................ 5% (American Church Growth Institute)
3. Como se tornou consciente da Igreja
- Viu a igreja na vizinhança .............................. 30%
- Convite de amigo ............................................. 26%
- Alguém não – membro contou-me .................. 11%
- Parente que é membro convidou-me .............. 10%
- Vi o convite, anúncios, etc ............................... 7%
- Outros .............................................................. 6%
1. Identifique sua família (Oikos)
- Familiares biológicos (pais, irmãos, tias, sobrinhos, avós.); Amigos ; Colegas de trabalho;
- Liste dez deles como o primeiro passo para alcançá-los.
2. Descubra um perfil de cada membro
- Estratégia de Franklin D. Rooswelt – estudar os hobbies, interesses;
- Qual a experiência religiosa; conhecimento da Bíblia; são receptivos?
3. Desenvolva um plano de ação
- Faça coisas amáveis
- Fortaleça o relacionamento: partilhe experiências – alegria, sucesso, tristeza, etc.
- Providencie variedade de exposição. Sobre necessidades sentidas: livros, fitas de vídeo, CDs, etc.
4. Melhore seu testemunho
- Seja bom ouvinte
- Identifique períodos receptivos. Escala de receptividade de Holmes – Rahe
Morte da esposa _______________________________________100
Divórcio ____________________________________73
Prisão _________________________________ 65
Morte de familiar ________________________________63
Doença ______________________________ 53
Casamento _____________________________ 50
Desemprego ____________________________ 47
Aposentadoria __________________________ 45
Gravidez _________________________ 40
Morte de amigo ________________________ 37
Dúvidas _______________________ 31
Filho abandona o lar ______________________ 29
Mudança de casa e de escola ____________________ 20
Férias _______________ 13
Natal ______________ 12
- Verbalize sua fé
5. Ore regularmente por cada membro
6. Convide-o às reuniões especiais – Pequenos grupos, cultos dos visitantes, etc.
7. INCORPORE-O À IGREJA
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo
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