quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

EVANGELISMO RELACIONAL

EVANGELISMO RELACIONAL

A. SITUAÇÃO DO EVANGELISMO NO SÉCULO XXI:

1. Evangelismo considerado como baixa prioridade em muitas igrejas: O que era o marca – passo da igreja primitiva, perde a prioridade na mente dos membros.
  • As atividades da igreja tornaram-se centrípetas.
  • Eventos, departamentos e recursos usados primariamente para serviço aos membros.
  • Evangelismo, visitação e treinamento para testemunhos despertam pouco interesse por parte da congregação.
2. O conceito bíblico de “perdido” tem desaparecido
  • Muitos tendem a perceber o perdido apenas numa dimensão sociológica. O fato das pessoas que não pertencem a Cristo estarem perdidas uma vez que um imperativo teológico tem mudado na mente de muitos crentes.
  • Não há mais zelo fervente pelos ex –adventistas, amigos e parentes. 
3. O evangelismo tem enfocado o batismo em vez do discipulado
  • O sucesso é avaliado de acordo com o alvo de batismos. Em muitas igrejas evangélicas, o sucesso é avaliado pelo número dos que “tomaram a decisão”. Há uma brecha entre ser batizado e tornar-se discípulo.
  • Discípulo: alguém comprometido, incorporado ao corpo, que se reproduz como seguidor de Cristo.
4. Evangelismo é muito discutido, mas pouco praticado
  • Analogia da pesca (ver apêndice do livro Guia do Evangelista nesse CD)
B. AS 3 ERAS DO EVANGELISMO ADVENTISTA

1. Era do evangelismo profético (1830 – 1918)
  • Período das grandes campais Adventistas. Tremendo crescimento da igreja, de 5.440 membros em 1870 para 75.000 membros na virada do século (4,6% por ano).
  • Tiago White, J. N. Loughborough, A. T. Jones, D. M. Canright.
  • O foco primário era plantar igrejas. Após cada campal uma nova igreja era erguida na cidade próxima. Mais de 1.500 foram organizadas durante este tempo.
2. Era do evangelismo institucional (1930 – 1970)
  • O desenvolvimento de hospitais Adventistas, publicadoras e escolas deviam ser coordenadas com campanhas públicas de evangelismo em larga escala, nas áreas metropolitanas.
  • H. M. S. Richards, J. L. Shuler, E. E. Cleveland, George Vandeman.
  • Surgem instituições orientadas para o evangelismo: Voz da Profecia, escolas bíblicas por correspondência, centros evangelísticos em N. Y. e Londres e o “Adventist Media Center”(Está Escrito, Amazing Facts, Faith for Today).
  • O evangelismo adventista era visto como uma “máquina de produzir almas”.
3. Era do evangelismo relacional
  • Durante a década de 80, o aumento de diferenças étnicas, culturais e sócio- econômicas tornaram difícil estabelecer planos centralizados de evangelismo.
  • Congregações longamente estabelecidas cresciam em educação e influência, cobravam mais atenção e tornaram-se menos interessadas no evangelismo.
  • Aumento do secularismo e dificuldade em alcançá-los através do evangelismo convencional.
  • Hospitais e escolas enfrentavam o mercado competitivo. Precisavam inovar ou entrar em falência. Por isso, tornava-se mais difícil envolver-se em estatísticas evangelísticas.
  • A ênfase é colocada em partilhar a fé, em vez de ensinar um sistema de doutrinas.
  • A amizade torna-se o instrumento primário para trazer homens e mulheres a Cristo e o alvo é atender às necessidades das pessoas. (Fonte: Sharing our Faith with friends – Monte Sahlin) 
C. EVANGELISMO "OIKOS"

A) Conceitos:
  1. Oikos – Sistema social composto por aqueles relacionados uns aos outros através de laços comuns e tarefas. Família ou pessoas na espera de influência
  2. Mais frutífero método de evangelismo e o mais econômico. Quanto mais distante do povo, mais dispendioso será o evangelismo.
  3. 70% dos novos conversos vieram por causa de amigos ou familiares.
B) Oikos em evangelismo relacional nas Escrituras
  1. Atos 16:11-15 – Começou a igreja com Lídia e sua família, e depois com o carcereiro e seu Oikos.
  2. Marcos 5 – “Vai para tua casa, para os seus amigos (Oikos).”
  3. Lucas 19:9 – “Hoje a salvação veio a esta casa (Oikos)”.
  4. João 4:52, 53 – O nobre e toda a sua casa creram.
  5. Atos 10:2, 24 – Cornélio reuniu seus parentes e amigos íntimos.
  6. Atos 18:8 – Crispo creu com toda a sua casa.
  7. I Coríntios 1:16 – A casa de Estéfanas foi batizada por Paulo.
C) Princípios do evangelismo relacional:

1. Fazer discípulos é mais efetivo quando ele é uma resposta intencional da igreja local.
  • Torna-se parte das prioridades e alvos da igreja local. Há compromisso dos membros;
  • As atividades incluem passos específicos para trazer novos discípulos para a igreja;
  • Faz parte de um “mix” de programas que focalizam o crescimento da igreja.
2. Fazer discípulos é mais efetivo quando se torna um esforço de equipe.
  • 1ª Razão: Cada membro possui diferentes dons para a edificação da igreja (Ef. 4:16).
  • 2ª Razão: quanto maior e mais variado contato o não - cristão tem com o corpo, maior a influência de decisão. Uma razão pela qual o evangelismo um- a –um torna-se infrutífero é a carência desse contato.
  • 3ª Razão: O novo cristão precisa fazer amizades na igreja, caso contrário ele não permanecerá. 
3. Fazer discípulos é mais efetivo quando o programa é centralizado na igreja:
  • Quanto mais distante o evangelismo da igreja local, menos frutos permanecem; quanto mais próximo da igreja local, mais frutos permanecem;
  • Uma estratégia efetiva guia em torno da igreja local;
  • A igreja treina seus membros para fazer discípulos;
  • A igreja coordena os recursos do corpo para fazer discípulos.
D) PORQUE AS PESSOAS SE UNEM À IGREJA?

1. Diferentes pessoas se unem à igreja por diferentes razões. Edward A. Raulf, diretor da Research and Information do Concílio Luterano – USA, realizou pesquisa com 180 pessoas para responder a essa questão:
  • Relacionamentos e responsabilidades familiares (30%). Preocupavam-se em manter a família unida e fortalecer a vida familiar. Bem- estar da família levou-os a buscar a igreja.
  • A influência do povo cristão (22%). Viam a diferença na qualidade de vida de amigos, parentes, vizinhos e conectaram essa diferença às convicções religiosas dessas pessoas ou membros da igreja.
  • Visita à igreja, programas, eventos (19%). Ao visitarem a igreja, fora as ocasiões especiais, desperta-lhes a consciência, reflexão ou auto – exame.
  • Busca de comunidade (14%). Uma atmosfera amigável fê-los sentir-se em casa, quando visitaram a igreja. O relacionamento afetuoso provocou um desejo de retornar.
  • Crise pessoal (17%). Perderam o controle de sua vida e buscaram os eventos da igreja para ajudá-los a reorganizar prioridades e valores.
  • Influência de pastores (12%). Interação com o pastor tornou-se o que os levou à filiação da igreja.
  • Busca da verdade (11%). Uma jornada pessoal em busca da verdade.
  • Sentimento de vazio (11%)
  • Reação aos sentimentos de culpa e temor (10%)
2. Primeiro convite

  • Amigos ou parentes ............................ 79%
  • Pastor .................................................. 6%
  • Programa ............................................ 3%
  • Iniciativa própria ................................ 3%
  • Cruzada evangelística ........................ 5% (American Church Growth Institute)

3. Como se tornou consciente da Igreja

  • Viu a igreja na vizinhança .............................. 30%
  • Convite de amigo ............................................. 26%
  • Alguém não – membro contou-me .................. 11%
  • Parente que é membro convidou-me .............. 10%
  • Vi o convite, anúncios, etc ............................... 7%
  • Outros .............................................................. 6%
E) SETE PASSOS PARA ALCANÇAR SUA FAMÍLIA PESSOALMENTE. (Master`s Plan, Win Arn)

1. Identifique sua família (Oikos)

  • Familiares biológicos (pais, irmãos, tias, sobrinhos, avós.); Amigos ; Colegas de trabalho;
  • Liste dez deles como o primeiro passo para alcançá-los. 
2. Descubra um perfil de cada membro

  • Estratégia de Franklin D. Rooswelt – estudar os hobbies, interesses;
  • Qual a experiência religiosa; conhecimento da Bíblia; são receptivos? 
3. Desenvolva um plano de ação

  • Faça coisas amáveis
  • Fortaleça o relacionamento: partilhe experiências – alegria, sucesso, tristeza, etc.
  • Providencie variedade de exposição. Sobre necessidades sentidas: livros, fitas de vídeo, CDs, etc.
 4. Melhore seu testemunho
  • Seja bom ouvinte
  • Identifique períodos receptivos. Escala de receptividade de Holmes – Rahe

Morte da esposa _______________________________________100

Divórcio ____________________________________73

Prisão _________________________________ 65

Morte de familiar ________________________________63

Doença ______________________________ 53

Casamento _____________________________ 50

Desemprego ____________________________ 47

Aposentadoria __________________________ 45

Gravidez _________________________ 40

Morte de amigo ________________________ 37

Dúvidas _______________________ 31

Filho abandona o lar ______________________ 29

Mudança de casa e de escola ____________________ 20

Férias _______________ 13

Natal ______________ 12

  • Verbalize sua fé

5. Ore regularmente por cada membro

6. Convide-o às reuniões especiais – Pequenos grupos, cultos dos visitantes, etc.
7. INCORPORE-O À IGREJA

Adaptado de autor desconhecido por:
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
Twitter: @prcirilo

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