BATISMO COM
ÁGUA, COM FOGO E COM
ESPÍRITO SANTO
Batismo de João e Batismo de Jesus
Para os
adventistas o batismo não é um sacramento no sentido em que o aceita a Igreja
Católica.
O Catecismo
Romano, pág. 209, § 3, letra D, referindo-se aos sacramentos afirma:
"Deus os
instituiu com a virtude, não só de simbolizar, mas também de produzir alguma
coisa. . . São sinais de instituição divina, e não de invenção humana, que
possuem também a virtude de produzir os santos efeitos que simbolizam. Assim
cremos com fé inabalável!"
Para os
teólogos católicos romanos o batismo é uma ablução que lava o corpo e purifica
a alma da mancha do pecado. Esta declaração não se harmoniza com afirmações
bíblicas que nos esclarecem que é o sangue de Cristo que nos limpa de todo o
pecado. I Ped. 3:21; I João 1:7.
Como igreja
cremos ser o batismo não um sacramento, mas um compromisso de lealdade como
escreveu Ellen G. White na carta 129, do ano de 1903: "Ao se submeterem os
cristãos ao solene rito do batismo, Ele registra o voto feito por eles de Lhe
serem fiéis, Esse voto é o seu compromisso de lealdade."
O batismo é um
requisito importante no plano da salvação por simbolizar a morte, sepultamento
e ressurreição de Cristo.
É a porta de entrada
para a igreja.
É o processo
pelo qual nos tornamos membros da família de Deus.
O batismo é um
ato de fé, por isso como igreja não aceitamos o batismo infantil.
Nos escritos de
Paulo é o sinal da comunhão espiritual que deve existir entre o crente e
Cristo. O batismo é um testemunho público de que o batizando aceitou a Cristo
como Seu Salvador pessoal.
É um sinal
externo do verdadeiro arrependimento do pecado e a manifestação de um desejo
íntimo de ser purificado.
Pode ainda ser
definido, como uma manifestação de fé, do crente, na morte propiciatória de
Cristo.
"Simboliza
o batismo soleníssima renúncia do mundo. Os que ao iniciar a carreira cristã
são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram
publicamente que renunciaram o serviço de Satanás, e se tornaram membros da
família real, filhos do Celeste Rei." –
Evangelismo, pág, 307.
O batismo em o
Novo Testamento é o sinal externo de que a pessoa aceitou o plano divino para
sua salvação, assim como a circuncisão o era entre Deus e os israelitas do
Velho Testamento. Em outras palavras, o rito da circuncisão foi substituído na
Era Cristã pelo batismo, como nos informa Paulo em Col. 2:11 e 12.
Imersão é o ato de imergir, mergulhar,
fazer penetrar, afundar, banhar.
Aspersão é o ato de aspergir, respingar,
borrifar, orvalhar.
Afusão quer dizer derramamento.
Encontra-se na
Bíblia justificação para qualquer um dos três processos?
Se o batismo é
uma comemoração da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Rom. 6:3; Col.
2:12), apenas uma maneira pode representar com fidelidade esses aspectos da
vida de nosso Salvador. A maneira bíblica de batizar foi apenas por imersão,
Confirmam este processo o batismo de Cristo e o da igreja primitiva.
A Bíblia de Jerusalém (tradução
católica) traz a seguinte nota para Rom. 6:3:
"O 'banho'
por imersão na água (sentido etimológico de batizar) sepulta o pecador na morte
de Cristo (Col. 2:12), de onde sai com ele pela ressurreição (Rom. 8:22), como
nova criatura (II Cor. 5:17), homem novo (Efés. 2:15) . . ."
Atos 8:36 e 38,
são passagens muito evidentes, na indicação do batismo por imersão. Se apenas
um pouco de água é suficiente no batismo por aspersão, não haveria necessidade
de Filipe e o eunuco procurarem um lugar de água abundante. No verso 38 lemos:
"ambos desceram à água". Há traduções que trazem – desceram para
dentro da água. Que esta tradução é melhor confirma-se pelo verso 39, que diz
"saíram da água". Para sair da água é necessário primeiro nela
entrar.
O comentário
que Mathew Henry, faz
deste verso, é um exemplo frisante para comprovar aonde pode chegar a
influência de idéias preconcebidas: "desceram à água, porquanto não tinham
em sua posse qualquer vaso conveniente (pois estavam de viagem), com que tirar
a água; e por isso tiveram de descer à mesma. Não que se tivessem despido, e
tivessem entrado nus na água, mas, estando descalços, de conformidade com o
costume, desceram talvez até aos tornozelos ou o meio da canela, e Filipe o
aspergiu."
Seguem-se
alguns pensamentos muito úteis sabre o batismo, apresentados por Colin Brown:
"A
despeito de asseverações ao contrário parece que 'baptizo', tanto
em contextos judaicos como nos cristãos, normalmente significa 'imergir', e
que, mesmo quando veio a ser um termo técnico para o batismo, o pensamento de
imersão permanece."
"O batismo de João. João administrava um
'batismo de arrependimento para remissão de pecados (Mar. 1:4), antecipando o
batismo no Espírito e em fogo que o Messias exerceria (Mat. 3:10)."
"O batismo
em Cristo é batismo para a igreja, porque estar em Cristo é ser membro do corpo
de Cristo (Gál. 3:27 e segs.; I Cor. 12:13).
"O batismo
em Cristo é para uma vida segundo o padrão da morte de Cristo para o pecado e
Sua ressurreição para a retidão.
"Sendo que
o batismo significa a união com Cristo (Gál. 3:27), tudo quanto Cristo tem
operado em prol do homem nos Seus atos de redenção, e tudo quanto Ele outorga a
ele em virtude dos mesmos, é associado com o batismo nos escritos
apostòlicos."1
A Igreja
Adventista administra o batismo por imersão escudada nas seguintes premissas:
1º) O verbo
batizar no original grego – baptizo, significa imergir,
mergulhar, submergir, como nos confirma a própria história profana.
2º) A narração
dos batismos apresentados em o Novo Testamento são evidência de que as pessoas
eram imersas.
Confiramos:
a) Mat.
3:6. – Muitas pessoas eram batizadas por João no rio Jordão.
b) Mat. 3:16. – Batizado Jesus saiu logo da água.
O apóstolo
João (3:23) afirma: "Ora,
João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas
águas."
c)
A referência ao
batismo do eunuco etíope – Atos 8:38 e 39.
d) O simbolismo paulino de Rom. 6:4 é uma
confirmação evidente de que para ele batismo significa imersão.
Para o
Professor Jorge E. Rice
batismo é:
1º) A porta de
entrada na igreja.
Os que ouviram
o sermão pentecostal de Pedro perguntaram: "Que faremos irmãos?
Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo." Atos 2:37 e 38.
Lucas diz ainda
mais: "Acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo
salvos." Atos 2:47.
2º) Porta de
entrada para comunhão e relacionamento íntimos com Cristo.
Ele nos chama a
atenção para a preposição grega 'eis'
e não 'en' usada por Paulo para denotar o objetivo buscado e alcançado
pelo batismo. Rom. 6:3 e 4. A preposição 'eis'
indica reciprocidade e não repouso.
3º) A porta de
entrada no Concerto.
Sendo a
circuncisão o sinal entre Deus e Seu povo no Velho Testamento, o batismo
representa a circuncisão espiritual do coração, e uma relação salvífica com
Jesus. Afirmação baseada em Col. 2:11, 12."2
O Significado do Batismo
2) No Batismo,
administrado com água e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para
remissão de pecados, somos batizados por um Espírito em um corpo. Em nosso
Batismo, o Espírito do Pentecostes une-nos ao corpo de Cristo que é a Sua
Igreja, e é recebido por aqueles que crêem em Jesus Cristo. Administrado em
obediência à ordem de Nosso Senhor, é sinal e selo do nosso discipulado. Este
batismo único, que nos coloca em comunidade com Cristo e uns com os outros, põe
fim a toda segregação humana baseada, por exemplo, em diferenças de raça ou de
classe."3
O batismo com
água é um símbolo da operação feita pelo Espírito Santo de acordo com Tito 3:5
e I João 5:6, 8.
1º) Quando
cremos;
2º) Quando
somos batizados nas águas;
3º) Quando Deus
julgar necessário.
"Jesus
recebeu o Espírito Santo logo após o batismo no Jordão (Mar. 1:10-12; Luc. 4:1,
18); os crentes de Cesaréia e o apóstolo Paulo, antes (Atos 10:44-48; 9:17-18);
os discípulos, os irmãos de Samaria (Atos 8:12-17) e os de Éfeso (Atos 19:4-6)
receberam o batismo do Consolador depois do batismo nas águas (os discípulos,
anos depois)"4
Este é uma
demonstração externa da mudança que ocorreu no coração, O verdadeiro crente é
nascido do Espírito (S. João 3:5, 6); o Espírito é o Instrumento selador (Efés.
1:13, 14); e o Espírito é dado a ele com penhor ou garantia e uma permanente
lembrança de que ele pertence a Deus (II Cor. 5:5)."5
Os pentecostais
usam as passagens de Atos 2:1-13; 8:4-12; 9:1-18; 10:1-48; 19:1-7 e outras como
provas de que o batismo do Espírito Santo é uma experiência posterior ao
batismo da água. Ver comentários esclarecedores sobre estes textos na Apostila Movimento Carismático do Dr. Wilson Endruveit,
págs. 20 c e d.
As divergências
maiores estão no "quando" o crente recebe o batismo do Espírito
Santo, tendo como ponto de referência o batismo da água.
Ivan Carlo
Zanella estudou o assunto nestes três tópicos:
Esses são os
que identificam o batismo do Espírito Santo no momento do batismo na água.
Dizem que se o crente tem sido batizado com água em nome da Trindade, então
pode ser considerado filho de Deus, herdeiro do reino dos Céus e "equipado"
com o Espírito Santo.
Esta é a
posição sustentada pela Igreja Católica.
Os católicos,
bem como os pentecostais, crêem numa plenitude, posterior ao batismo da água,
do Espírito Santo à qual denominam de Sacramento da Confirmação.
Dizem que o
batismo do Espírito Santo vem após um crescente progresso na vida cristã.
Os que assim
crêem, endossam que o batismo do Espírito Santo é subseqüente à conversão. Vem
depois da conversão e do batismo da água.
São inclinados
a tomar a conversão do crente como um 1º estágio e a subseqüente plenitude do
Espírito Santo, o qual é normalmente acompanhado pelo falar línguas como um 2º
estágio. Os pentecostais chamam a este 2º estágio de Pentecostalismo ou
Neopentecostalismo, e é tido como um indispensável passo para o poder
espiritual e completa vida cristã.
Esses crêem que
quando um homem se arrepende e crê em Cristo, quando sua vida é colocada aos
pés de Jesus, e aceita o Espírito de Cristo ressuscitado em sua personalidade,
é batizado com o Espírito Santo.
A aceitação
deste ponto de vista coloca o batismo da água depois do batismo do Espírito
Santo ou o batismo do Espírito Santo é por ocasião da conversão.
O poder do
batismo no Espírito é primeiro e acima de tudo um poder que nos une a Cristo. A
grandeza do batismo no Espírito Santo consiste não no fato de levar o homem
além de Cristo, mas exatamente de o levar a Cristo. Ser batizado no Espírito
significa tornar-se de Cristo. Em outras palavras: O batismo com o Espírito
Santo é o sinal da ligação espiritual entre o crente e Cristo.
O dom do
Espírito aqui é a conversão e não uma experiência posterior à conversão. O
batismo nas águas e o batismo no Espírito pertenciam juntos de tal maneira que
formavam "um batismo" da Igreja.
A conexão de
água com o dom do Espírito Santo foi iniciada pelo próprio batismo de Jesus.
A expressão
descreve o ato soberano de Deus, pelo qual todos os cristãos são incorporados,
no corpo de Cristo, por ocasião de sua conversão. Paulo identifica o batismo no
Espírito com a conversão ou regeneração.
O batismo na
água é o símbolo de nossa união vital e essencial com Cristo, em sua morte e
ressurreição – nós morremos para o pecado e ressuscitamos para urna nova vida.
O batismo na água é o sinal simbólico do batismo do Espírito Santo, ou a união
espiritual que deve existir entre o crente e Cristo.
Russel Norman
Champlin, comentando Rom. 6: 3, que assim reza: "Ou, porventura, ignorais
que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua
morte?", disse entre outras coisas o seguinte:
"O batismo
em água simboliza a regeneração, embora de forma alguma seja agente dessa realização
espiritual. A água é apenas símbolo da operação feita pelo Espírito Santo. (Ver
Tito3:5 e I João 5:6-8)...
"O batismo
em água é um ato de obediência, o qual visa, especificamente, mostrar ao mundo
que o batizando assumiu uma nova lealdade."
Billy Graham afirma:
"Já que o
batismo com o Espírito Santo ocorre no momento da regeneração, a Bíblia nunca
diz que devemos procurar por ele. Estou convencido que muitas coisas que alguns
teólogos e pregadores adicionaram ao batismo com o Espírito Santo na verdade
pertencem à plenitude do Espírito. A finalidade do batismo com o Espírito Santo
é fazer o novo cristão adentrar no corpo de Cristo. Não há intervalo de tempo
entre a regeneração e o batismo com o Espírito.
"No
momento em que recebemos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, recebemos
também o Espírito Santo."6
A água
representa a purificação de nossos pecados efetuada através do Espírito Santo.
O Espírito
Santo convence o homem do pecado de rejeitar a Cristo; da justiça da obra
redentora de Cristo; do juízo por Satanás ter sido derrotado por Cristo na
cruz.
Muito se tem
discutido sobre o significado da água e idéias divergentes têm sido
apresentadas, mas creio que melhor seja esta: o nascimento da água foi
empregado metonimicamente por Cristo para significar o lavar dos pecados, ou a
purificação espiritual, sem a qual ninguém pode ver a Deus. Ezequiel 36:25
confirma esta exegese.
I. "1)
Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito e outro de fogo, e
que este último fala de juízo, provavelmente até do inferno. Assim
interpretaram Orígenes e outros pais da igreja, – Neander, Meyer, de Velte,
Lange, e outros modernos. 2) Outros
acham que o fogo, neste caso, significa o fogo que destruirá o mundo no último
dia. 3) Outros relacionam esse fogo com
o purgatório. Essas interpretações falham ao considerar que o 'fogo' do verso
11 e o fogo do verso 12 não falam do mesmo ministério de Cristo. O ministério
do Espírito seria com 'fogo', assim como o ministério de João foi com 'água'. É
verdade também que Cristo julgará (verso 12), e que o fogo é símbolo de juízo.
. . 4) A interpretação mais aceita é de que o fogo do verso 11 indica o caráter
do batismo do Espírito. ... Os hinos de Qumran falam de batismo de fogo, tais como
um rio em chamas que engolfaria os 'lançados fora'; e alguns bons intérpretes
reputam esse batismo de fogo como algo que se refere ao juízo." – O Novo Testamento Interpretado, Versículo
por Versículo, vol. 1, págs. 288-289.
II. "O
fogo e a água são dois grandes agentes naturais de purificação, e é apropriado
que ambos sejam empregados para representar a regeneração do coração.
Semelhantemente, são os dois agentes pelos quais Deus purificou, ou purificará
a Terra do pecado e dos pecadores (II Ped. 3:5-7). Se os homens se apegarem
persistentemente ao pecado, terão de afinal ser com ele consumidos. Quanto
melhor, então, permitir que o Espírito Santo faça a obra purificadora agora,
enquanto ainda há graça! O pecador será, ou purificado do pecado, ou com ele
destruído. Disse Paulo: 'O fogo provará qual seja a obra de cada um."
– SDABC,
vol. V, pág. 300.
III. "O
fogo, instrumento de purificação menos material e mais eficaz do que a água,
simboliza já no Antigo Testamento a intervenção soberana de Deus e do seu
Espírito, que purifica as consciências." – Nota da Bíblia de Jerusalém sobre Mateus 3:11.
A Bíblia nos
diz que o crente após ser regenerado, justificado e batizado com o Espírito
Santo ele é selado. Efés. 1:13; 4:30.
Paulo parece
ter em mente duas coisas quando fala de sermos selados com o Espírito Santo.
Uma é segurança, a outra é propriedade. O vocábulo selo no grego quer dizer
confirmar ou imprimir. Quando o Espírito Santo nos sela ou põe em nós sua
marca, nós estamos seguros em Cristo.7
O Professor
Elemer Hasse discute o problema do selamento do Espírito Santo nos seguintes
termos:
"E que
sinal dá Deus para sabermos se estamos ou não selados? Deus não deixou nenhum
sinal. O importante é que Jeová o saiba. Não há perigo de que na Sua vinda Ele
o ignore. 'o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: o Senhor conhece
os que são seus (II Tim. 2:19).
"Ademais,
todos os que buscam emoções e sinais para a confirmação e certeza de sua fé,
mostram que não têm certeza da salvação e aceitação por Cristo. Têm dúvidas a
respeito de sua experiência com Jesus.
"A
verdadeira fé não busca sinais: 'os judeus pedem sinal' (I Cor. 1:22); 'Se não
virdes sinais e milagres não crereis (João 4:48); 'Que sinal, pois, fazes Tu,
para que o vejamos e creiamos em Ti? Que fazes Tu?' (João 6: 30). Mas nós
'andamos por fé, e não por vista' (II Cor. 5: 7)."8
O selo é a
certeza ou a confirmação de que pertencemos a Cristo. Pode também ser chamado
de selo de propriedade, confirmado pelo Espírito Santo. A pessoa que aceita a
Cristo pela fé é imediatamente selada por Deus como Seu filho ou filha.
Quero concluir
esta parte com o seguinte comentário de II Cor.1:22.
"Paulo usa
aqui a figura do penhor (garantia) para ilustrar o dom do Espírito Santo aos
crentes como uma espécie de primeiro pagamento, a certeza de plena herança no
futuro (ver Efés. 1:13-14; Rom. 8:16). É privilégio do cristão receber
definitiva convicção de sua aceitação da parte de Deus, como Seu filho adotado,
quando da conversão, e retê-lo pelo resto da vida."9
A Revista
Adventista, através de sua "Caixa de Perguntas" apresentou as
seguintes respostas à inquirição que encima este subtítulo:
1º) "João
fora enviado para preparar o caminho do Senhor, pregando energicamente a
mensagem do arrependimento e era natural que ele oferecesse uma cerimônia de
lavagem dos pecados aos que atendiam a essa mensagem. Quando as pessoas se
dirigiam, arrependidas, a João, confessando seus pecados ele as levava ao rio
Jordão, e lá as batizava imergindo-as nas águas. Isto significava também que
testemunhavam publicamente a decisão de aceitar a orientação de João, que era
conduzi-las a Cristo. Atos 19:4. Era, portanto, distinto do batismo cristão,
ordenado por Jesus em Mat. 28: 19. . .
"Que o
batismo de João não era suficiente confirma-se pelo fato de S. Paulo ter
rebatizado alguns que vieram a ele em Éfeso, os quais haviam sido batizados por
João. Atos 19:5."10
De tudo o que
os comentaristas apresentam, para diferençar o batismo de João do batismo de
Cristo, parece ser o essencial e, isto é bíblico, o batismo de João tinha um
significado simbólico, e ele o chama da água para contrapô-lo ao de Cristo, que
é chamado do Espírito Santo e do fogo.
Não encontramos
evidências em o Novo Testamento de que aqueles que foram batizados por João,
tornando-se discípulos de Cristo eram obrigados a um segundo batismo. O batismo
de João era aceito como batismo cristão. Este grupo rebatizado, mencionado em
Atos 19:5 supõe-se que não havia experimentado a verdadeira conversão.
É bom saber que
os anabatistas (a palavra significa rebatizados) se apegavam a esta passagem
(Atos 19:5) como prova de que pessoas anteriormente batizadas convertendo-se a
sua seita, deveriam batizar-se de novo.
Pesquisando
sabre o batismo na Bíblia, concluiremos que no tempo de João Batista, o
verdadeiro significado do batismo não era bem compreendido. Depois dos escritos
paulinos, especialmente Rom. 6, houve melhor consciência de sua profunda
significação.
"Consideramos
ser o batismo uma das ordenanças da igreja cristã e um memorial apropriado da
morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.
"Como
hábito cerimonial, o batismo antecede a era cristã. O fato de o batismo por
imersão haver sido um dos requisitos que os prosélitos eram obrigados a
cumprir, evidencia que os judeus o praticavam.
"Para o
judeu familiarizado com o sistema mosaico, as 'várias abluções' (Heb. 9:10)
indicadas nas ordenanças tinham significação espiritual.
"Em sua
oração Davi implorou a Deus – Lava-me. Sal. 51:7.
"Batismo
significa mudança de proprietário.
"Batizado
em Cristo, significa tomar-se propriedade de Cristo.
"O batismo
significa a renúncia de todos os liames da velha vida de pecado – as coisas velhas
já passaram, eis que tudo se fez novo. II Cor. 5:17.
Batismo
significa ligação vital com Cristo. O batismo significa fé em Cristo: 'Quem
crer e for batizado. ..' Mar. 16:16.
O batismo
significa arrependimento: 'Arrependei-vos e cada um de vós. . . '
'Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus'."12
1. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, vol. l, págs. 260-264.
2. O Ministério Adventista, setembro/outubro de 19B3, págs. 16 e 17.
3. Um só Batismo, Uma só Eucaristia e Um só Ministério, Documento da Comissão de "Fé e Ordem", do Conselho Mundial de Igreja, págs. 16 e 17.
4. Luz Sobre o Fenômeno Pentecostal, pág. 36.
5. Nota da Lição da Escala Sabatina do dia 5 de Novembro de1978.
6. O Espírito Santo, Billy Graham, pág. 70.
7. Ver Billy Graham – Opúsculo citado, págs. 72 e 73.
8. Luz Sobre o Fenômeno Pentecostal, págs. 26 e 27.
9. Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. VI, pág. 833.
10. Revista Adventista, janeiro de 1974, págs. 30 e 31.
11. Idem, janeiro de 1961, pág. 37.
12. O Ministério Adventista, novembro e dezembro de 1962, pág. 11.
Etraído do Livro: Textos Difíceis da Bíblia de Pedro Apolinário
Adaptação, Grifos e Didática por
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Mestre em Teologia e Evangelista
TWITTER: @prcirilo
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