sábado, 31 de agosto de 2013

A PREGAÇÃO BÍBLICA NO MUNDO PÓS-MODERNO

A PREGAÇÃO BÍBLICA NO MUNDO PÓS-MODERNO

Baseado em Emilio Garofalo Neto e Tarcízio Carvalho.
Apostila da Matéria: Pregação num mundo Pós-Moderno, pp 14-24. 
Doutorado em Ministérios – DMim, 2013. Universidade Mackenzie, SP.



TRÊS ORIENTAÇÕES IMPORTANTES AO PREGADOR: RESUMO.

PRIMEIRA: Pregação num Contexto de Narrativa Cristocêntrica:

A Pregação deve ser cristocêntrica e conectada em toda a História da Redenção de Deus em Cristo. Essa História está em toda Bíblia através das Alianças de Deus com o Seu povo e são elas: (1) Aliança Adâmica, (2) Aliança Noética, (3) Aliança Abraâmica, (4) Aliança Sinaítica, (5) Aliança Davídica e (6) A “Nova Aliança”.
A mente Pós-Moderna, não aceita “Proposições Cristãs”, mas gosta de estar inserida num contexto de “História e Narrativa”. Eles precisão entender que sempre houve uma História por traz da história e a História é: (1) A Criação de Deus, (2) A Queda do Homem, (3) A Redenção de Cristo e (4) A Consumação do Plano de Deus e o Estabelecimento do Reino Eterno. Todas essas histórias fazem parte de uma única e mesma História.
O pregador pode conta-la utilizando as questões do cotidiano como: a) Filmes, b) Músicas, c) Fatos do dia a dia e d) Experiências pessoais, positivas ou negativas. Sempre se valendo do bom senso e do equilíbrio.

SEGUNDA: Justificação Sim, Legalismo Não:

A mente Pós-moderna tem verdadeira ojeriza à alguém e à sua mensagem que sejam legalistas. Essa geração é contra a hipocrisia e religião de aparências. Não é, tampouco, uma pregação do tipo “vale tudo” e sim, uma forte e robusta pregação da Justificação pela fé em Jesus Cristo. A mensagem deve ser (1) Indicativa: “O que Deus fez por nós”. A tarefa do pregador é explicar aquela porção das Escrituras sem omitir nem distorcer os elementos da passagem e (2) Imperativa: “À luz do que Deus fez assim nós vivemos”. Imperativo sem Indicativo é o mesmo que Aplicação sem Explicação e isto não é Evangelho e sim moralismo. O Pós-moderno repudia essa prática.

TERCEIRA: A “Lectio Continua” como Bom Recurso para esse Tempo:

A pregação em série (Lectio Continua) é um ótimo recurso homilético e está em harmonia com o principio Sola e Tota Scriptura. É uma das melhores formas de se pregar expositivamente todo conselho de Deus. Escolhe-se um livro da Bíblia e prega todos os capítulos e versículos dele ao organizá-los por perícopes.

AS VANTAGENS DA PREGAÇÃO LECTIO CONTINUA SÃO AS SEGUINTES:

(1) O Pregador pregará temas variados e não apenas os temas de sua preferencia.
(2) O Pregador diminui a tentação de preparar temas baseados apenas nos acontecimentos sociais apresentados na mídia. A igreja precisa da Palavra Revelada de Deus conectada á Salvação em Cristo.
(3) O Pregador tratará de uma variedade de assuntos, de maneira organizada, como o SENHOR deixou em Sua Palavra.
(4) O Pregador sairá da “zona de conforto” para um enorme crescimento em Cristo e na Palavra.
(5) Facilita a Preparação de suas mensagens, pois o Pregador estará sempre familiarizado com o contexto geral e específico do livro, de sua estrutura geral, de seu conteúdo, destinatário, problema e soluções.
(6) O Pregador seguirá o curso natural do livro como o escritor bíblico, que foi inspirado pelo Espírito Santo deixou e, por isso torna-se uma experiência emocionante.
(7) O Pregador será obrigado a lidar com os textos difíceis e sua audiência vai entender que ele não está atirando pedras em ninguém, mas, simplesmente está pregando “toda a Palavra que procede da boca de Deus”.
(8) O Pregador sairá do esconderijo de suas mensagens prediletas. Crescerá ele e seu povo.
(9) O pregador não precisará passar dias pensando o que pregar. É só preparar a mensagem sequente. Deve viver estudando a Palavra que é uma “candeia que brilha em lugar tenebroso”.
(10) O Pregador dará ao ouvinte uma visão mais clara das Escrituras de Deus em seu contexto. A igreja vai conhecer os livros da Bíblia.
(11) O Pregador vai contribuir para que o seu povo leia mais as Escrituras Sagradas.


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS:

(1) No começo, ou não, a série pode ser dividida entre os pastores.
(2) Ela pode ser interrompida de acordo com as necessidades do momento da igreja. O ideal é que o calendário seja bem preparado.
(3) O Pregador pode desenvolver uma série num culto e outra noutro culto. Exige mais do pregador, porém, abrange em tampo menor uma porção maior das Escrituras.
(4) O Pregador pode alternar entre série curta e longa e, ainda, entre estilos literários.
(5) Para engrenar, o Pregador pode, realizar uma abordagem mista. Num culto aborda um livro pequeno e noutro, uma série das principais doutrinas como: Encarnação, Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, Lei de Deus, Arrependimento e fé, Santificação, etc...




RESUMO POR
Pr. Cirilo Gonçalves da Silva
Evangelista da IASD – AP, SP.
TWITTER: @prcirilo

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