quarta-feira, 19 de junho de 2013

O GRITO DA MINHA ALMA

O GRITO DA MINHA ALMA

Primeiramente quero falar do meu amor a Deus, a Sua Palavra e a Sua igreja. Depois, falarei do que me assombra e, o que, pra mim é prioridade.

Pra mim o Senhor é tudo, é o princípio e o fim de todas as minhas ações e sonhos. Tudo que tenho, sou e projeto converge para Deus meu Criador e Mantenedor. Seu Cristo é o meu Cristo que me salvou de maneira espetacular na cruz, dando-me vida e me fazendo assentar nos lugares celestiais para ouvir Sua confissão ao Pai meu Criador.

Sua Palavra é o Livro mais precioso que possuo dentre os cinco mil volumes de minha Biblioteca. Nada que existe, em termos de sabedoria e princípios de vida, é ou deve ser comparado a ela. Há tesouros inestimáveis entranhados e escondidos em seu abismo luminoso. Ela é a Lâmpada mais excelente, a Luz mais luminosa e a candeia mais incandescente. Sem ela viveria na escuridão e na escuridão estaria perdido.

Meu refúgio não está só em Deus meu Senhor, mas também em Sua igreja, Seu povo. Ali me refaço, alimento-me, preparo-me, aprumo-me e quando começo ou recomeço a caminhada tenho sustentação. As ovelhas do Senhor me inspiram a inspirá-las, me dão forças para fortalecê-las. Delas emanam esperança e perseverança que preenchem meu coração de uma missão transcendental. Elas são também o motivo da minha vocação e opção. Por elas e para elas me preparo e me reparo todos os dias. Quero vê-las com vigor e reproduzindo sempre e sempre na casa e na causa do Senhor.

Algo que me deixa assombrado, porém, com brilho nos olhos, é a verdade que Cristo morreu pelos meus pecados, segundo as Escrituras e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras (1 Cor 15.3-4) e que assentou à destra do Pai (Mc 1619; At 2.33; Rm 8.34; Cl 3.1; Heb 10.12 e 12.2) e intercede por mim (Rm 8.34; 1 Jo 2.1-2) e que voltará pra me buscar (Mt 16.27; 24.27, 39, 44; 25.34; At 1.11; 1 Tess 4.13-18; Ap 1.7; 14.14; 22.7, 12, 20). Essa centralidade de Cristo e Sua salvação nas Escrituras me fascinam e me inspira a amá-Lo sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo (Mt 22.37-39).

Manter comunhão com Ele como resposta ao Seu amor e salvação é a minha mais alta e sublime paixão. Assim posso mergulhar no universo infinito de Seu amor. Não entendo a necessidade da comunhão com Deus somente para exercício do ministério, mas como remédio para a alma cansada e ferida. Quando na presença do Senhor estou, Sua Glória invade minha alma, expulsa a multidão de dores, medos e desesperos, trazendo alívio e esperança.  É como alguém estando no deserto sem água e subitamente se depara com uma fonte d’água gélida. Além da sede saciada tem a alegria extravasante de tê-la encontrado. Então sinto Sua paz. Se a nossa luta é espiritual, o esmero espiritual é necessário para ser revestido das armas divinas e apresentar o rebanho, imaculado para o seu Deus (Ef 6.110-18; 2 Cor 11.2).

Vejo que a comunhão com Deus, por ser tão necessária, deve ser a primeira atividade espiritual e ministerial do dia seguindo o conselho do Senhor Jesus de buscar o reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar e, lógico, nessa aliança, as outras coisas são acrescentadas pelo Senhor (Mt 6.33; cf. Sl 37.5).

 
Pr. Cirilo Gonçalves.
Evangelista da IASD – AP, SP.
Bacharel e Mestre em Teologia – UNASP, SP.
Doutorando em Teologia – MACKENZIE, SP.
TWITTER: @prcirilo.

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