TODOS JUNTOS
A
revista Nova Escola da Editora Abril
de Junho/Julho de 2013, apresentou um artigo relevante de Fernanda Salla com o
título Todos Juntos, onde discuti a
importância da comunicação com os pais dos alunos.
Inicialmente
o texto de Fernanda Salla fala do desencontro entre professores e pais e mais
para o final de sua escrita ela afirma que esse desencontro se dá por causa da
má comunicação entre ambos. Ela se fundamenta na posição de Antônio Augusto
Gomes Batista, do Cenpec que disse: “Os docentes não conhecem as famílias e
elas não sabem como funciona a escola dos filhos”.
Os
docentes perceberam que o envolvimento da família causa um impacto positivo na
educação do aluno, portanto, os dois grupos pais e professores precisam abraçar
com mais responsabilidade a causa da educação sem ficar jogando o jogo do
“empurra, empurra” como se observa no dia a dia da escola.
Com
base na pesquisa, Anos Finais do Ensino
Fundamental: Aproximando-se da Configuração Atual, da Fundação Victor
Civita (FVC), realizada pela fundação Carlos Chagas (FCC) em 2012, observou-se
que os pais são omissos na educação dos filhos e por isso são culpados pelos
professores de os filhos serem indisciplinados e fracos no rendimento escolar.
Entretanto o fracasso no rendimento escolar é explicado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como sendo responsável, o
ambiente socioeconômico. As crianças ficam mais vulneráveis vivendo em um
ambiente de pobreza e desmantelos financeiros e familiares. Aliada, ainda a
esse fator está a dificuldade dos professores em lidar com alunos que possuem
um estilo de vida cultural e familiar diferente do esperado pela escola.
Obviamente “nem sempre é possível contar com um ambiente ideal em casa para dar
continuidade ao trabalho realizado na escola, mas é responsabilidade do
educador ensinar mesmo assim” diz Maria Eulina Pessoa de Carvalho, docente da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Contrapondo
o discurso docente, estudos mostram que os pais valorizam a escolarização de
seus filhos, pois, nela observam uma oportunidade de ascensão social e
financeira para eles. Tendo essa aspiração no coração, os pais, acabam
investindo nos filhos e cobrando retorno deles e da escola. Em uma dessas
pesquisas, a Esforços Educativos de Mães num
Território de Alta Vulnerabilidade Social: um Estudo de caso, do Centro de
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec),
comprovou-se que mães não só se preocupam no
aprendizado dos filhos, mas como
investir neles.
Finalmente
a autora da reportagem, Fernanda Salla, conclui dizendo que o problema está na
má comunicação entre professores e pais de alunos. Baseada em várias pesquisas
e diálogos com especialistas e especialmente na afirmação “os docentes não
conhecem as famílias e elas não sabem como funciona a escola dos filhos”, de Antônio
Augusto Gomes Batista (Cenpec), propõe que a escola deve mudar a sua dinâmica e
unir esforços com foco no sucesso da turma. Os pais devem ser incluídos no
planejamento pedagógico, entender as estratégias da escola e saber o que se
espera deles. Nesse sentido, é importante ouvi-los para identificar o que podem
oferecer. Não é simples, mas um caminho foi aberto, o diálogo e a inclusão dos
pais. Agora, mãos à obra para construirmos uma boa educação para os nossos
filhos.
Pr. Cirilo Gonçalves
Evangelista da IASD - AP, SP.
TWITTER: @prcirilo - INSTAGRAM: @cirilogoncalves - BLOG: www.cirilogoncalves.blogspot.com
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